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Iniciativa - mais informação
parceiro responsável pela parceriaINIAV - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P.
Designação da parceriaCork2corks - cortiça para rolhas
Iniciativa a desenvolverAdequar o tipo de descortiçamento da árvore individual para a (maior) valorização da cortiça no montado de sobro
Parceiros
Prioridade TemáticaMelhoria da gestão dos sistemas agroflorestrais
Domínios
NUTS IContinente
Identificação do problema ou oportunidade"O descortiçamento consiste na separação da cortiça dos troncos e ramos da árvore pela região do felogénio quando este se encontra em atividade. Do ponto de vista da gestão florestal do montado de sobro, a cortiça é o principal rendimento económico e o descortiçamento é a única operação que deve ser executada para gerar receitas. Do ponto de vista da árvore, mesmo quando bem executado, o descortiçamento é sempre uma agressão que resulta na formação de um novo felogénio, à custa das suas reservas ara sobreviver.
A atividade deste felogénio traumático no perímetro do tronco gerador de cortiça diminui com a altura de descortiçamento. Nos ares, a cortiça tem menor porosidade (o que incrementa significativamente o valor da cortiça) e é onde a cortiça é mais delgada (o que deprecia significativamente o valor da cortiça). Por outro lado, o descortiçamento dos ares na árvore constitui uma redução para metade do rendimento dos tiradores com consequências diretas nos custos do descortiçamento. Dentro dos limites legais de intensidade de descortiçamento, cabe ao proprietário/gestor florestal decidir, quanto e até onde tira a cortiça na árvore, decisão que pode não ser fácil, no atual contexto de elevada valorização da cortiça pela sua qualidade.
Os proprietários/gestores florestais necessitam urgentemente de informação mais criteriosa sobre a variação da qualidade da cortiça na árvore individual, para implementarem práticas de descortiçamento mais racionais, mais orientadas e sustentáveis, contribuindo para: i) aproveitar melhor e gerir adequadamente a cortiça produzida no montado; ii) orientar e adequar o descortiçamento (a montante) para um produto mais valorizado (a jusante); e, mais importante iii) assegurar a sustentabilidade ecológica e económica de um sistema agroflorestal de alto valor ambiental no âmbito dos domínios 2.2 e 2.3 da temática 2 (Melhoria da Gestão dos Sistemas Agroflorestais) da Política de Desenvolvimento Rural.
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Objetivos visados O principal objetivo é contribuir para dotar os proprietários/gestores florestais de um perfil de valorização da qualidade da cortiça com base na avaliação da qualidade da cortiça efetuada em sobreiros a descortiçar nesse ano. Este perfil de valorização da qualidade da cortiça deverá promover a adequação da técnica de descortiçamento a partir do início da extração da primeira cortiça amadia (3ª extração) e tem como foco sustentar e orientar a produção de cortiça para um produto de maior valor, a prancha de cortiça de calibre brocável e de qualidade média a boa, com poucos defeitos, dentro dos limites legais de descortiçamento. Para isso é necessário compreender os padrões de variação do calibre, da porosidade e dos principais defeitos à escala local do montado: no montado de sobro tradicional, caracterizado por baixa densidade e estrutura irregular do arvoredo, com árvores de tronco atarracado e grossas pernadas; e em montados mais densos e regulares, com árvores mais esguias, descortiçadas em altura (ao longo do tronco, regulares) perspetivando as novas áreas de plantações com sobreiro (iniciadas no anos 90 que entram agora em produção de cortiça virgem com densidades relativamente muito elevadas. A compreensão desses padrões passa por responder a três questões principais em relação à altura de descortiçamento: i) Qual a altura máxima de calibre brocável na árvore?; ii) Qual a altura mínima para qualidade de prancha de cortiça média na árvore?; e iii) Qual a altura mínima para cortiça sem defeitos (e.g. bofe, prego)?
Tipologia de resultados a atingir e potenciais beneficiários"Esta iniciativa está orientada para a obtenção de curvas de calibre e de porosidade da cortiça no sobreiro em áreas de montado similares, após avaliação dos resultados obtidos pela aplicação das diferentes condicionantes da curva e compatíveis com o modelo agro-silvo-pastoril de gestão das áreas de montado de sobro. A execução de técnicas adequadas descortiçamento de acordo com o perfil de valorização de cortiça estimado deve traduzir-se numa altura máxima de descortiçamento definida pelo calibre e pela porosidade (qualidade) da prancha de cortiça, adequada ao tipo de produto mais valorizado atualmente, a rolha (ou até o disco) de cortiça natural. Após o ajustamento das curvas de calibre e porosidade nas diferentes áreas de montado de sobro às curvas modelo o perfil de valorização da qualidade da cortiça deverá ser estimado e utilizados para gerir novas áreas de montado e até garantir a melhor gestão de novos povoamentos a iniciar o seu longo período de atividade produtiva.
A longo prazo, este perfil de valorização integrado em modelos de gestão contribuem para um aumento do vigor das árvores, e assim da biodiversidade e para o sequestro de carbono, para proteção do solo e melhoramento e constituem a solução ecológica e económica mais sustentável.
A conservação dos montados de sobro através da gestão racional silvícola adequada aos objetivos de produção a nível local e regional, podem determinar a médio prazo a sustentabilidade dos montados ao nível regional. Potenciais beneficiários diretos deste projeto são: produtores e gestores florestais e todos os intervenientes na cadeia de valor da cortiça. Dada a importância destes ecossistemas na cadeia de (alto) valor ambiental, todos os stakeholders da cadeia de valor são beneficiários, do proprietário até à sociedade em geral.
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InterlocutorAugusta Costa
MoradaAvenida da República, Quinta do Marquês
LocalidadeOeiras
Código postal2780 - 157
Telefone214463740
Iniciativa semelhanteID 066 e ID 382
  

 


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