Poda mecanizada e colheita em contínuo de olivais de variedades portuguesas
Iniciativa a desenvolver
TECNICA INOVADORA, INTEGRANDO PODA E COLHEITA, NA GESTÃO ECONÓMICA EFICIENTE DA PRODUÇÃO DE AZEITONA EM CONSONÂNCIA COM A UTILIZAÇÃO DE VARIEDADES PORTUGUESAS
Parceiros
Prioridade Temática
Melhoria da gestão dos sistemas agroflorestrais
Domínios
NUTS I
Continente
Identificação do problema ou oportunidade
Nas novas plantações, as variedades tradicionalmente cultivadas em cada região têm vindo a perder importância, plantando-se olivais com um número de variedades cada vez mais restrito e normalmente procedentes de outros países. Portugal poderá acrescentar maior valor à produção de azeite, a qual tem já uma relevante expressão na exportação, se não esquecer as variedades portuguesas e as DOP, que são importantes fontes de diferenciação dos produtos deste tipo.
Se a aposta na olivicultura tem de estar associada à promoção da qualidade do azeite e em particular o azeite proveniente de variedades nacionais, há que reconhecer que a presença destas variedades não é, por si só, garantia de produção de azeite de qualidade e em quantidade. Será também necessária a melhoria e adequação das técnicas de produção e de protecção a essas variedades Com efeito, podem ser identificados vários estrangulamentos na sua produção, quer na protecção da cultura contra pragas e doenças, quer na diminuição dos custos das operações culturais que necessitam de maior utilização de mão-de-obra – a poda e a colheita. A grande revolução que ocorreu recentemente no olival, foi a colheita em contínuo das árvores no olival “superintensivo”. Contudo, tal só é possível com um muito reduzido grupo exótico de variedades. Pretende-se com esta iniciativa encontrar uma tecnologia que possa ter idênticas vantagens de colheita em contínuo, adaptável às variedades portuguesas, mais vigorosas e com maior volume de copa.
Objetivos visados
Até ao presente a contribuição desta equipa, em 2 frentes: 1) Para os OIR: os projectos Máquina de Colheita em Contínuo de Azeitona (MCCA), ADI/QREN nº 3457 (2009/2012) e Avaliação do desempenho da MCCA, PRODER 55344 (2014/2016), permitiram projectar e construir o protótipo da MCCA, em colaboração com uma PME e com um olivicultor. A MCCA tem sido testada desde 2011. 2) Para os OS: avaliação de estratégias de poda mecânica (PM), desde 2010, no OS da Herdade dos Lameirões, em VP em comparação com a variedade espanhola Arbequina.
Com a dificuldade de só poder testar a MCCA em 4 semanas/ano, a equipa tem vindo a apurar o trinómio formado pela Eficiência de destaque/Danos na árvore/Fiabilidade estrutural do mastro vibratório (EDF). A campanha de 2015 mostrou progressos de Fiabilidade no trinómio EDF. A Eficiência e os Danos, estão aquém do que se verifica com os métodos de colheita do olivicultor. O ensaio das VP em OS na Herdade dos Lameirões mostrou que é possível reabilitar o olival após vários anos sem poda, com base na PM. Iniciaram-se em 2014 testes de avaliação da sequência de PM que permita controlar a dimensão da copa para a colheita com máquina vindimadora.
Dois objectivos gerais para o Grupo Operacional (GO), 2017/2020:
Objectivo 1 – Nos OIR com 5m de compasso, definir uma estratégia de PM com complemento manual que incentive a presença da azeitona na periferia da copa em detrimento do seu interior. Nos OIR com compassos mais apertados, concentrar a produção em planos exteriores verticais, conformando a copa em sebe, em vez da forma esférica. O mastro vibratório não necessitará de penetrar fundo na copa, concentrando a energia vibratória no exterior onde se concentra a maior produção de azeitona; menos colisões de componentes estruturais da MCCA com as copas e vice-versa. Resultando esperado: aumento do trinómio EDF. Objectivo 2 – Nos OS, encontrar a estratégia de poda, baseada em PM, que permita controlar a dimensão da copa das VP mantendo a capacidade produtiva.
Tipologia de resultados a atingir e potenciais beneficiários
Colocar à disposição dos olivicultores que apostem nas variedades portuguesas, conhecimentos de experiência feita, que permitam tomar decisões sobre a tipologia do olival e correspondente solução mecanizada para a poda e colheita