CNCFS- Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos
Designação da parceria
BioChestnut- IPM - Implementar estratégias de luta eficazes contra doenças do castanheiro e amendoeira
Iniciativa a desenvolver
Implementar o Programa de Luta Biológica contra o Cancro do Castanheiro pela aplicação do produto biológico DICTIS já autorizado pela autoridade reguladora nacional (DGAV) e gestão integrada de doenças nos pomares de amendoeira e castanheiro.
Parceiros
Prioridade Temática
Aumento da eficiência dos recursos na produção agrícola e florestal
Domínios
NUTS I
Continente
Identificação do problema ou oportunidade
Implementar medidas de luta biológicas para as doenças de muito difícil solução nas culturas extensivas do castanheiro e amendoeira. O Cancro do Castanheiro é uma doença de quarentena introduzida em Portugal em 1989. Todos os meios de luta, incluindo a erradicação (hoje planos de ação) e todas as medidas preventivas e legislativas em vigor não têm minorado a situação, estando a doença presente em todas as regiões do castanheiro, podendo em alguns locais atingir 70% de árvores afetadas. A Doença da Tinta, outra doença que invariavelmente provoca a morte dos castanheiros e todos os meios de luta têm evidenciado reduzida eficácia, amplia a situação de declínio dos soutos e de todo o ecossistema castanheiro que exige que se apliquem medidas de luta mais eficazes. O Cancro da Amendoeira é uma doença emergente nas novas plantações com elevada agressividade que é necessário conhecer e perspetivar medidas de luta mais eficazes para evitar os elevados prejuízos.
Objetivos visados
Implementar a luta biológica por Hipovirulência contra o Cancro do Castanheiro com base no bioproduto (DICTIS) nas regiões da DRAPNorte e DRAP Alentejo respeitando o programa sancionado e autorizado pela entidade reguladora nacional (DGAV). Caracterização da população virulenta de C.parasitica (Zonagem) na região da DRAPNorte (10 concelhos em Trás-os-Montes, 3 locais no Minho) e DRAP Alentejo - o concelho de Marvão Conhecer a presença da hipovirulencia natural na população de C.parasitica em Portugal Desenvolver formulações do bioproduto para utilização em situações diferenciadas da doença no castanheiro. Implementar medidas alternativas (para garantir a redução das fonte de inóculo) quando ocorrer falta de eficácia. Instalar “ensaios piloto”, com potencial para ser replicado ao nível das explorações individuais, para controlar a Doença da Tinta e evitar a sua dispersão nos soutos.
Conhecer a população de Diaporthe amygdali fungo que provoca o Cancro da Amendoeira uma doença emergente nas novas plantações, para perspetivar estratégias de luta nos períodos mais adequados do ciclo da doença e avaliar a presença de hipovirus na população do parasita (hipovirulência).
Tipologia de resultados a atingir e potenciais beneficiários
• Zonagem e caracterização da população virulenta de C.parasitica nos concelhos da DRAPNorte e concelho de Marvão no Alentejo onde está autorizada a aplicação do bioproduto DICTIS (10 concelhos em Trás-os-Montes, 3 locais no Minho e o concelho de Marvão (condição absolutamente necessária para aplicação do bioproduto) • Conhecer a presença da hipovirulencia natural na população de C.parasitica em Portugal • Obter formulações do bioproduto: para utilização por inoculação ou pincelagem na extremidade das feridas; por pulverização dos cancros com esporos hipovirulentos • Tratar 6000 castanheiros /ano (inscritos nas respetivas associações para aplicação do bioproduto) e no final do projeto ser um método conhecido e aplicado por todos os produtores de castanheiro • Estudos de falta de eficácia do bioproduto (5-10 % dos castanheiros tratados) • Organização e participação em eventos e sessões de disseminação e divulgação (4 eventos /ano) • Encontrar soluções para gerir a Doença da Tinta já presente nos soutos e evitar a sua dispersão • Aplicar medidas de luta contra o Cancro da Amendoeira baseadas no ciclo biológico de parasita e perspetivar novas formas de luta baseadas na luta biológica.
Esta iniciativa beneficiará diretamente todos os produtores de castanheiro, existem mais de 16 352 explorações em Portugal Continental, e naturalmente toda área de castanheiro no país com mais de 45.000 hectares em exploração de fruto (souto). Promove ainda diretamente a vitalidade, resiliência e sustentabilidade do ecossistema castanheiro uma vez que a aplicação deste novo método evita a morte dos castanheiros doentes e diminuirá grandemente as novas infeções. Beneficiará também todos os produtores de amêndoa e o aumento das áreas potenciais desta cultura.
Interlocutor
Albino António Bento
Morada
Edifício do Brigantia EcoPark, Avenida Cidade de León, N.º 506