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parceiro responsável pela parceriaCOTHN - Centro Operativo Tecnológico Hortofrutícola Nacional
Designação da parceriaProtecEstenfilio
Iniciativa a desenvolverEstudar a evolução da estenfiliose na cultura da pereira ‘Rocha’ e aplicar um conjunto de práticas que permitam minimizar o impacto da doença, com base na utilização otimizada dos recursos (água, fertilização, produtos fitofarmacêuticos).
Parceiros
Prioridade TemáticaAumento da eficiência dos recursos na produção agrícola e florestal
Domínios
NUTS IContinente
Identificação do problema ou oportunidadeNas últimas 3 campanhas produtivas tem-se registado por toda a região do Oeste, um aumento da incidência da estenfiliose em pereira ‘Rocha’.
Apesar da aplicação de produtos fitofarmacêuticos e da realização de algumas práticas culturais, não tem sido possível controlar a doença, que estranhamente tem continuado a aumentar, alterando o seu desenvolvimento que normalmente era alternado, entre um ano com forte incidência de estenfiliose e outro ano com baixa incidência.
A estenfiliose, ou doença da mancha castanha da pereira, é causada por um fungo ascomiceta que tem a designação de Pleospora allii (Rabenh.) Ces & De Not. (estado sexuado) e Stemphylium vesicarium (Wallroth) Simmons (estado assexuado).
A doença tem vindo a manifestar-se com severidade em Portugal, especialmente em pomares da região Oeste - Estremadura onde foi detectada em 1996, associada às cultivares (cv.) Rocha e Passe Crassane. É referida nos concelhos de Torres Vedras, Bombarral, Cadaval, Lourinhã, Caldas da Rainha, Alcobaça, Nazaré, Porto de Mós, Batalha e Leiria.
A existência no Oeste de condições favoráveis ao desenvolvimento da doença permitiu que esta se disseminasse por toda a região, tornando-se em muitos pomares de cv. Rocha a doença-chave e conduzindo a perdas superiores a 50%.
As infeções ocorrem nos pomares e agravam-se no decurso da conservação, inviabilizando a comercialização dos frutos. A cv. Rocha, medianamente susceptível à estenfiliose, tem vindo a ser severamente afetada pela doença, por fatores que ainda se desconhecem.
Na campanha de 2014/2015 as perdas de produção causadas pela doença ocorreram essencialmente na fase final do ciclo, próximo da colheita. Tal levou a que em alguns pomares a perda de produção se situasse próximo dos 100%, inviabilizando a colheita. Estima-se que em termos médios a perda de produção, causada pela estenfiliose tenha sido de cerca de 30% relativamente à campanha anterior.
este Go irá colaborar activamente para o cumprimento de umas das metas do plano de acção relativo ao uso sustentável dos pesticidas, na necessidade de inovação na área fitossanitária.
Objetivos visados Com esta iniciativa pretende-se estudar a doença e perceber qual a evolução que tem ocorrido nos pomares de pereira ‘Rocha’ da região Oeste nos últimos 5 anos, com o objetivo final de introduzir nos pomares práticas culturais e métodos de monitorização que permitam ajudar a controlar a estenfiliose.
Assim, os objetivos desta iniciativa são:

a) Avaliação do status-quo do pomar e a incidência de estenfiliose – A avaliação das práticas culturais efectuadas pelos diferentes produtores nos últimos 5 anos, com recurso aos cadernos de campo, a avaliação da flora existente nos pomares e o acompanhamento dos pomares durante o período de execução do projecto contribuirá para se estabelecerem possíveis relações entre as práticas culturais e a incidência da doença.

b) Otimização dos meios de luta química:
• realizar ensaios de eficácia biológica de fungicidas e biofungicidas in vitro utilizando uma selecção de isolados patogénicos com diferentes virulências e selecionar os mais eficazes.
• instalar ensaios de campo com os fungicidas e biofungicidas que demonstraram maior eficácia e testar diferentes épocas de aplicação.
c) Otimização de meios de luta cultural: procurar-se-á analisar a eficiência de diferentes práticas fitotécnicas na redução da manutenção e viabilidade do inóculo no pomar, nomeadamente desenvolver um equipamento agrícola para a remoção dos frutos e folhas infetados do pomar.
Tipologia de resultados a atingir e potenciais beneficiáriosOs principais resultados a atingir são os seguintes:
- Identificação da incidência e severidade da estenfiliose e do inóculo potencial presente nos pomares em estudo;
- Identificação de práticas fitotécnicas que tenham influenciado a incidência da doença no pomar;
- Identificação das principais práticas culturais que permitiram a redução do inóculo nos pomares, tendo em conta as várias tipologias de pomares e práticas fitotécnicas (rega, fertilização, gestão de infestantes, entre outras);
- Avaliação das eficácias dos produtos fungicidas atualmente homologados para o controlo da estenfiliose, apresentação de resultados obtidos com a aplicação de novos produtos, nomeadamente biofungicidas e estabelecimento das épocas de tratamento primordiais, com o objetivo de providenciar aos produtores novas soluções eficazes e sustentáveis em termos ambientais e de segurança alimentar;
- Disponibilizar um manual de desenvolvimento de um equipamento para a remoção de folhas e frutos dos pomares que possa ser montado em qualquer tractor fruteiro moderno, simples e consequentemente barato, para que o custo da operação seja reduzido. O “know-how” adquirido será uma mais-valia para os produtores. As açções de divulgação de resultados propostas, permitirão aos produtores a adoção da tecnologia desenvolvida e validada. O contributo dos técnicos das OP será imprescindível para uma eficiente transferência de tecnologia.
Os potenciais beneficiários são em primeira mão os técnicos e agricultores associados a cada uma das entidades parceiras neste grupo operacional. Beneficiarão ainda do estudo todos os produtores de pera associados às organizações associadas ao COTHN, que representam mais de 1500 produtores repartidos por cerca de 30 associações e organizações de produtores. A divulgação alargada de resultados poderá beneficiar também todos os produtores que não sendo associados produzem na zona de influência da rede que se pretende constituir e, a prazo, todos os produtores em geral.
InterlocutorMaria do Carmo Martins
MoradaEstrada de Leiria S/N
LocalidadeAlcobaça
Código postal2400 - 059
Telefone918113976
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