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parceiro responsável pela parceriaAPOSOLO - Associação Portuguesa de Mobilização de Conservação do Solo
Designação da parceriaACSESS - Agricultura de Conservação e Serviços de Ecossistemas
Iniciativa a desenvolverA reforma da Política Agrícola Comum (PAC), impôs aos agricultores europeus sob o Regime de Pagamento Base (RPB), a obrigatoriedade da adoção de práticas que visam um menor impacto ambiental dos seus sistemas produtivos - Greening. Estas práticas podem ser, em parte, substituídas por outras medidas ou até sistemas produtivos considerados equivalentes.
Conforme bem documentado, a Agricultura de Conservação (AC) oferece um conjunto de benefícios agroambientais que a Associação Portuguesa de Mobilização de Conservação do Solo (APOSOLO) considera merecedora de reconhecimento quer no âmbito do Greening quer no das medidas do Desenvolvimento Rural (DR). Para tal e através do GO ACSESS, a APOSOLO, com os seus associados, pretende quantificar os benefícios da AC, nomeadamente em termos de: aumento do teor da matéria orgânica do solo (MOS); fertilidade; capacidade de sequestro de carbono; redução dos processos erosivos e eficiência na utilização da água proveniente quer da chuva quer da rega.
Parceiros
Prioridade TemáticaAumento da eficiência dos recursos na produção agrícola e florestal
Domínios
NUTS IContinente
Identificação do problema ou oportunidadeNo Alentejo, a agricultura convencional, baseada na mobilização intensiva do solo, tem contribuído para a degradação da qualidade dos solos através da mineralização da Matéria Orgânica do Solo (MOS), da erosão e da desagregação da sua estrutura. Isto assume particular importância no clima semiárido da região e num contexto de alterações climáticas com aumento das temperaturas e diminuição dos valores de precipitação. Apesar disso, a Política Agrícola Comum (PAC) espera que se produza mais com menos e de uma forma sustentável. É pois premente melhorar a qualidade dos solos, fomentando a sua fertilidade e assegurando a sua resiliência a eventos climáticos extremos através da aposta em técnicas de gestão de solo sustentáveis assentes quer na melhoria do teor de MOS, quer no aumento da taxa de infiltração da água, seu armazenamento e redução das perdas por evaporação. A Agricultura de Conservação (AC) responde a este desafio através dos seus três 3 pilares chave: mobilização de solo mínima ou nula; rotação/diversidade de culturas/espécies; cobertura orgânica permanente do solo. A implementação da AC no Alentejo é ainda reduzida devido a um desconhecimento geral dos seus princípios e da sua correta aplicação e à ausência de uma quantificação holística dos benefícios agroambientais associados que urge ser feita. O reconhecimento destes benefícios num quadro da política de Desenvolvimento Rural e a sua transposição para os instrumentos financeiros de apoio à agricultura é essencial quer para estimular a manutenção e otimização do sistema de AC pelos agricultores pioneiros, quer para estimular a conversão para AC. Tal traduzir-se-á num expectável incremento da área ocupada por AC, na melhoria da qualidade dos solos (e benefícios em termos de serviços de ecossistema associados), no retorno económico para os agricultores e num aumento da competitividade da agricultura regional e, por extensão, nacional assente num uso sustentável do solo e da água, e numa redução dos custos de produção.
Objetivos visados A iniciativa ACSESS, usando a região do Alentejo como referência, tem como principal objetivo a quantificação dos benefícios gerados pela adoção da AC, no âmbito das culturas arvenses, no que toca à proteção e melhoria do solo, da gestão eficiente da água e dos demais serviços de ecossistema, com vista à capacitação do sector agrícola no que toca às práticas de AC mais adaptadas às condições do Alentejo e ao reconhecimento fundamentado, particularmente ao nível da decisão política, deste sistema produtivo como uma solução efetiva para a problemática da conservação do solo.
Especificamente pretende-se:
1. Utilizando um conjunto de indicadores de qualidade de solo, quantificar os benefícios agroambientais da adoção da AC em termos da proteção e melhoria do solo, da gestão eficiente da água identificando as práticas de AC mais adaptadas ao cenário Alentejano;
2. Desenvolver um inovador Sistema de Apoio à Decisão (SAD) em formato digital para a conversão de sistemas agrícolas convencionais para AC, em suporte digital, dirigido quer aos utilizadores da terra que pretendam empreender a conversão de agricultura convencional para AC, quer aos agricultores pioneiros que pretendam melhorar a sua prática agrícola;
3. Demonstrar em cenário real às principais partes interessadas, nomeadamente utilizadores da terra, os benefícios agroambientais da adoção da AC e as potencialidades do uso do SAD para a conversão de sistemas agrícolas convencionais para AC;
4. Sensibilizar o sector agrícola e os decisores políticos, para os benefícios agroambientais da adoção da AC em termos da proteção e melhoria do solo, da gestão eficiente da água e demais insumos da produção de modo a, por um lado, obter o reconhecimento (estratégico e para fins de financiamento ao nível da PAC e sua transposição nacional) da AC como prática benéfica em termos agroambientais e por outro a valorizar quer os territórios rurais, via remuneração por serviços de ecossistema prestados, quer o valor económico dos produtos.
Tipologia de resultados a atingir e potenciais beneficiáriosA iniciativa ACSESS, tem como principal objetivo a quantificação dos benefícios gerados pela adoção da AC em culturas arvenses no que toca à proteção e melhoria do solo, à gestão eficiente da água e dos demais serviços de ecossistema, com vista, por um lado, à capacitação do sector agrícola em termos das melhores práticas de AC e, por outro, ao reconhecimento fundamentado, particularmente ao nível da decisão política, deste sistema produtivo como uma potencial solução para a problemática da conservação do solo. Nesse sentido, são resultados esperados da iniciativa e respetivos beneficiários:
1) A quantificação, cientificamente sustentada, e a sua demonstração em cenário real, dos benefícios agroambientais da adoção da AC em culturas arvenses em termos da proteção e melhoria do solo, da gestão eficiente da água e seu reflexo quer na melhoria da qualidade dos solos e na sua fertilidade quer na redução dos insumos de produção. O conhecimento gerado será materializado num conjunto de folhas informativas e num manual de despiste e resolução de problemas na implementação de AC, de caracter iminentemente prático, com linguagem acessível e direcionada ao principal público-alvo (agricultores) que serão amplamente divulgadas e utilizadas como suporte às ações de demonstração. Os utilizadores da terra serão os beneficiários diretos desta quantificação: os agricultores pioneiros que já praticam AC poderão não só melhorar o seu método produtivo mas também sustentar cientificamente os benefícios agroambientais do seu esforço abrindo espaço a uma valorização da sua produção e diversificação de mercados; os utilizadores da terra em geral que pretendam empreender a conversão de agricultura convencional para AC;
2) A capacitação dos agricultores quer através de ações de demonstração em cenário real das práticas de AC em culturas arvenses mais adaptadas às condições do Alentejo, identificadas no âmbito do projeto, e dos benefícios associados, quer através do desenvolvimento de um Sistema de Apoio à Decisão (SAD), em suporte digital, para a conversão de sistemas agrícolas convencionais em culturas arvenses para AC. Este SAD será dirigido quer aos utilizadores da terra que pretendam empreender a conversão de agricultura convencional para AC quer aos agricultores pioneiros que, já praticando AC, pretendam melhorar a sua prática agrícola.
3) A sensibilização do sector agrícola e demais partes interessadas, particularmente os decisores políticos, para os benefícios agroambientais da adoção da AC em termos da proteção e melhoria do solo, da gestão eficiente da água e demais insumos da produção de modo a obter o reconhecimento (estratégico e para fins de financiamento ao nível da PAC e sua transposição nacional) da AC como prática benéfica em termos agroambientais. Este reconhecimento beneficiará os agricultores pioneiros que já praticam AC e que verão assim o seu esforço valorizado quer do ponto de vista social quer do ponto de vista económico. Por outro lado, espera-se que esta ação beneficie e estimule igualmente os agricultores que neste momento praticam agricultura convencional e que pretendam empreender a conversão para AC.
InterlocutorAPOSOLO, Associação Portuguesa de Mobilização de Conservação do Solo
MoradaAv. Heróis do Ultramar n. 56
LocalidadeÉvora
Código postal7005 - 161
Telefone924049372
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