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parceiro responsável pela parceriaREFCAST - Associação Portuguesa da Castanha
Designação da parceriaClimCast
Iniciativa a desenvolverOs novos desafios para o souto no contexto de alterações climáticas
O potencial económico e a estratégia de desenvolvimento da Fileira da Castanha em Portugal enfrenta várias dificuldades resultantes da variabilidade e das alterações climáticas. A produção da castanha é fortemente condicionada pelas condições meteorológicas médias e extremas verificadas durante todo o seu ciclo anual. As doenças e as pragas que afetam e dizimam os castanheiros bem como a presença das podridões e pragas nos frutos estão também associados condições ambientais específicas. As projeções de clima para o futuro em Portugal sugerem mudanças significativas nos valores médios (temperatura e precipitação mensal e anual), na variabilidade e na magnitude e frequência de eventos extremos (e.g., precipitação intensa, seca, ondas de calor, etc.). Esta iniciativa surge no contexto da estratégia de crescimento da Fileira (aumento da área de produção) e tem como objetivo fornecer um conjunto de produtos de suporte à decisão política e de apoio às associações de produtores.
Parceiros
Prioridade TemáticaMelhoria da gestão dos sistemas agroflorestrais
Domínios
NUTS IContinente
Identificação do problema ou oportunidadeA produção da castanha é fortemente condicionada pelas condições meteorológicas médias e extremas verificadas durante o seu ciclo anual (Anexo técnico). As doenças e pragas que afetam e dizimam os castanheiros estão também associados condições ambientais específicas. Assim, o potencial económico e a estratégia de desenvolvimento da Fileira da Castanha em Portugal enfrenta as dificuldades resultantes da variabilidade climática e das alterações climáticas. As projeções de clima para o futuro em Portugal sugerem mudanças significativas nos valores médios (temperatura e precipitação mensal e anual), na variabilidade e na magnitude e frequência de eventos extremos (e.g., precipitação intensa, seca, ondas de calor, etc.). Esta iniciativa surge no contexto da estratégia de crescimento da Fileira (aumento da área de produção) e tem como objetivo fornecer um conjunto de produtos de suporte à decisão política e de apoio às associações de produtores.
Alterações climáticas observadas atualmente e projetadas para o futuro, como o aumento global da temperatura do ar e alterações no regime de precipitação (Anexo técnico), terão entre outros efeitos, um forte impacto no coberto vegetal, extremamente dependente das condições atmosféricas.
O castanheiro apresenta fragilidades decorrentes da pouca tolerância à conjugação dos stresses hídrico e térmico que resultam na perda de vigor e produtividade bem como um aumento anormal da taxa de mortalidade de árvores.
De facto, dados recentes do INE para o período entre 2000 – 2015 revelam que a produção de castanha: (i) diminuiu de 33 000 para 24 000 ton, apesar do aumento da área de cultivo de 29 000 para 35 000 ha; e, (ii) apresenta elevada variabilidade interanual com os casos extremos claramente associados à ocorrência de episódios climáticos extremos durante a estação de crescimento (Anexo técnico).
Para além disso, há que ter em conta as ameaças bióticas e abióticas, responsáveis por flutuações indesejáveis no mercado do fruto (produção e cotação), que constituem sérios problemas à indústria de processamento da castanha.
Apesar desta situação, o setor apresenta uma forte dinâmica de crescimento refletida num plano estratégico, enquadrado na proposta do grupo europeu da castanha, para contrariar a diminuição da produção de castanha na Europa, no sentido de aumentar a área de produção para 50 000 ha até 2020.
Esta iniciativa/proposta surge no sentido de aproveitar a oportunidade da estratégia de desenvolvimento do setor e, no contexto de alterações climáticas, propor: (i) caracterizar a evolução das condições edafoclimáticas das principais regiões produtoras e outras essas regiões em termos de potencialidades para a produção da castanha; (ii) identificar as variedades melhor adaptadas às condições climáticas futuras; (iii) desenvolver ferramentas para estimar a produção futura; e, (iv) desenvolver um manual de boas práticas de cultura da castanha a adotar pelos produtores.
Objetivos visados Num quadro de forte dinâmica de crescimento de áreas de novas plantações é urgente dar informação precisa aos potenciais investidores sobre o modelo de cultura. Pretende-se caracterizar as regiões do ponto de vista das condições climáticas presentes e futuras bem como fornecer um conjunto de parâmetros bióticos e abióticos climaticamente influenciáveis que permitam aos técnicos e produtores tomar as melhores decisões decorrentes das alterações climáticas, nomeadamente, adaptar, com sucesso, os soutos existentes às novas condições edafoclimáticas e definição das novas áreas de cultivo , visando manter os níveis adequados de produção de castanha. Os objetivos do ClimCast incluem:
Comparar comportamento do conjunto das variedades recomendadas para cada DOP em locais com condições climáticas diferentes;
Monitorizar a evolução dos solos onde serão feitas as plantações, dada a dependência das suas características físico-químicas e biológicas com as condições meteorológicas e climáticas, nomeadamente da temperatura e precipitação;
Implementar o sistema de monitorização climática ClimCast que permitirá recolher informação detalhada em cada SD e melhorar o conhecimento da relação entre as condições meteorológicas e o castanheiro;
Identificar as variáveis meteorológicas, índices de deteção remota e outros parâmetros (e.g., índices de seca) com maior potencial preditivo da produtividade da castanha em Portugal;
Caracterizar climaticamente as regiões DOP, nas condições atuais e de clima futuro para permitir selecionar a melhor variedade/porta enxerto para cada situação edafoclimatica;
Mapear as regiões produtoras e potencialmente produtoras de castanha em função das suas características climáticas e consequente aptidão para a produção de castanha, criando uma graduação da situação de risco da cultura;
Desenvolver modelos climáticos de produtividade e carta de produção potencial da castanha em Portugal;
E, finalmente, produzir um manual de boas práticas de cultura da castanha, no contexto de alterações climáticas, destinado aos produtores deste sector.
Tipologia de resultados a atingir e potenciais beneficiáriosNo final dos 5 anos de funcionamento do GO, esperamos ter informação mais sustentada sobre a capacidade de adaptação desta cultura no contexto das alterações climáticas, perspetivando-se aquilo que poderá ser o futuro dos soutos nas situações mais limitantes da baixa altitude.
Os estudos deste GO permitirão ainda alertar os produtores para a especificidade adaptativa das variedades, oferecendo indicações sobre as variedades mais adequadas para as diferentes situações climáticas. Inclusivamente este estudo poderá sugerir a introdução de variedades de umas regiões noutras. Serão assim propostos os modelos culturais melhor adequados às situações edafoclimáticas contrastantes.
Será igualmente disponibilizada informação comparativa de todas as variedades estudadas em relação à calendarização dos seus estados fenológicos e respetivas necessidades de graus dia de crescimento (°D). Este parâmetro ajudará na previsão temporal dos diferentes estados fenológicos e será um instrumento da maior importância para ajudar a ajustar a escolha da variedade/local.
A monitorização da evolução do solo, permitirá avaliar o impacto das alterações climáticas no solo e proceder aos ajustamentos necessários nos planos de fertilização.
Apresentação de modelo climático de produtividade e carta de produção potencial da castanha em Portugal. Este modelo que permitirá sistematizar melhor o conhecimento sobre as condicionantes climáticas da produção e com alguma antecedência ajudar a prever a produção anual de castanha, aspeto da maior importância para a indústria.
Os beneficiários destes resultados são todos os produtores de castanha (estimando-se mais de 15000) a quem a informação chegará através das associações parceiras deste GO e associados da RefCast. Por via das associações parceiras neste GO (estimam-se cerca de 5000 produtores), para além de cerca de 20 alunos do ensino técnico profissional e cerca de 20 alunos do ensino superior que colaborarão nos trabalhos. Desta forma o GO ajudará a sedimentar a rede de trabalho entres os grupos de investigação das instituições de Ensino Superior ajudando também a fortalecer o papel da RefCast enquanto organização representativa do setor em Portugal.
Por outro lado, passará a haver informação técnica mais consistente para os técnicos das associações de produtores e das indústrias do setor.
Por último beneficiará o setor de uma forma geral, pelo aumento da produtividade. Portugal poderá ter maior capacidade de exportação de castanha ajudando a minimizar a falta de castanha europeia no mercado europeu.
InterlocutorRefCast- Associação Portuguesa da Castanha
MoradaQuinta de Prados
LocalidadeVila Real
Código postal5000 - 102
Telefone259350273
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