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parceiro responsável pela parceriaREFCAST - Associação Portuguesa da Castanha
Designação da parceriaValorCast
Iniciativa a desenvolverValorização da castanha e otimização da sua comercialização
Parceiros
Prioridade TemáticaMelhoria da integração nos mercados
Domínios
NUTS IContinente
Identificação do problema ou oportunidadePortugal é um dos principais produtores europeus e mundiais de castanha com cerca de 45.000 t/ano (segundo estimativas da RefCast). Tipicamente, a maioria da castanha portuguesa é vendida a empresas de comercialização de média e grande dimensão, onde é submetida a um processo de limpeza, desinfeção e calibração, preparando-a para ser comercializada para o consumo em fresco. Infelizmente, ano após ano, a percentagem de castanhas com bichado à entrada destas unidades é elevada, criando aqui um problema muito grande aos operadores do mercado na preparação da castanha quer para o mercado nacional, quer internacional. Acrescem ainda dois outros problemas, neste período pós-colheita, entre a entrada e a chegada ao consumidor final, que são o aparecimento de podridões e a perda de água das castanhas, causando também grandes prejuízos económicos. Estes problemas retiram qualidade e falta de poder de conservação, limitando assim no tempo a disponibilização de castanha para o mercado em fresco. Existe atualmente procura de castanha por parte do comércio retalhista, durante um período mais alargado de tempo que o setor não consegue satisfazer devido à perecibilidade da castanha.
A maioria da castanha portuguesa, graças à sua qualidade, tem uma grande procura para o mercado em fresco, destinando-se apenas cerca de 10.000 t/ano para transformação. Em Portugal, a transformação da castanha resume-se ao seu descasque e congelação, preparando-a para ser comercializada em pequena escala (1.000 t/ano) no mercado nacional e que se destina sobretudo para utilização direta na alimentação. No entanto, a maior parte desta castanha congelada é exportada como matéria-prima para as indústrias transformadoras existentes em França, Itália e Espanha. Em Portugal, apenas uma ínfima quota é usada neste tipo de transformação por microempresas de cariz familiar. Nota-se, contudo, o interesse crescente de novos investidores em valorizar a castanha, quase sempre com uma perspetiva de inovar, e de fazer algo de diferente, para ir ao encontro de nichos de mercado diversificados, criando-se assim novas oportunidades de negócio, embora condicionadas pela limitação no fornecimento de alguma matéria-prima, em termos de quantidade representativa, tanto em fresco como transformada, como é o caso da farinha de castanha.
O consumo de castanha em Portugal é bastante sazonal, estando normalmente associado ao frio e ao mês de novembro, particularmente à quadra de S. Martinho. Contudo, hoje é possível conservar castanha em fresco durante cerca de 6-8 meses, o que poderá permitir o alargamento da janela de consumo deste fruto com assinalável valor nutricional. Para além disso, é bastante importante continuar a apostar na conservação deste fruto, após a colheita, utilizando novas metodologias de conservação e processos alternativos aos já existentes, à semelhança do que se faz noutros frutos, como é o caso da irradiação, das atmosferas modificadas e das embalagens inteligentes. De realçar que, por vezes, existem determinados anos em que não se consegue escoar a totalidade da produção, havendo excedentes, e o fato de alguns frutos terem um calibre pequeno, com acentuada desvalorização para o consumo em fresco, leva à necessidade de se encontrarem alternativas para a utilização da castanha, nomeadamente a sua transformação numa primeira linha, e cujos produtos resultantes poderão entrar noutros circuitos de valor.
Objetivos visados Com as ações previstas no ValorCast pretende-se alcançar três grandes objetivos:
1- Melhorar o processo de colheita mecânica da castanha.
2- Melhorar a preservação da qualidade da castanha entre a colheita e o consumidor, (a) desenvolvendo um método novo de desinfestação em alternativa ao atual (choque térmico) que é inadequado às exigências comerciais atuais; (b) encontrar protocolo que permita um controlo fúngico eficiente durante a estadia da castanha em armazém e na câmara frigorífica, que permitam prolongar o seu prazo de comercialização e consumo de uma forma eficaz e eficiente; e (c) encontrar forma de minimizar as perdas de água da castanha
3- Promover outras formas de apresentação da castanha para o consumo em espécie, como a castanha fumada e a castanha macia, ou na forma de farinha, que permitam o aparecimento em maior escala no mercado de outros produtos transformados derivados destes, como é o caso do pão, das bolachas, da cerveja, etc.
Tipologia de resultados a atingir e potenciais beneficiáriosOs resultados esperados são os seguintes:
- Proposta de modificação para máquina de apanha de castanha, que suprima as dificuldades sentidas com as atualmente existentes no mercado.
- Proposta de equipamento protótipo para desinfestação de castanha, com viabilidade de utilização pelo setor, nomeadamente com possibilidade de acoplamento nas linhas de processamento, e que seja capaz de reduzir o tempo atual de tratamento e melhore a segurança da conservação da castanha (devido ao excesso de humidade provocado pelo processo atual de desinfestação com água quente).
- Proposta de protocolo para controle da podridão da castanha em armazém.
- Diminuição da perda de água das castanhas em armazém em cerca de 25 a 50%.
- Apresentação de uma forma de embalamento que seja mais adequada à preservação das características das castanhas, mantendo e garantindo a sua qualidade e segurança alimentar.
- Ensaio de duas novas formas de consumo de castanha em espécie.
- Ensaio de farinha de castanha fabricada em Portugal.
- Produção de documentos e de um manual, onde constará uma descrição detalhada de todas as ações e conclusões deste estudo, aos quais terão livre acesso todos os agentes ligados à produção, comercialização e transformação da castanha, de forma a que possam adaptar-se aos padrões definidos como mais adequados para a utilização e valorização deste fruto.
- Divulgação dos resultados obtidos através de vários meios, de modo a existir uma disseminação alargada dos resultados obtidos, através da realização de workshops, seminários, etc., ou através da participação em eventos técnico-científicos.
Os beneficiários destes resultados são todos os produtores de castanha (estimando-se mais de 15000) a quem a informação chegará através das associações parceiras deste GO e associados da RefCast. Por via das associações parceiras neste GO (estimam-se cerca de 5000 produtores), para além de cerca de 20 alunos do ensino superior que colaborarão nos trabalhos. Desta forma o GO ajudará a sedimentar a rede de trabalho entres os grupos de investigação das instituições de Ensino Superior ajudando também a fortalecer o papel da RefCast enquanto organização representativa do setor em Portugal.
InterlocutorRefCast- Associação Portuguesa da Castanha
MoradaQuinta de Prados
LocalidadeVila Real
Código postal5000 - 102
Telefone259350273
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