Iniciativas Iniciativas Procura de parceiros
 

Iniciativa - mais informação
parceiro responsável pela parceriaMunicípio de Idanha-a-Nova
Designação da parceriaOpuntiaValor – transformação e valorização de produtos da figueira-da-índia com vista à sua comercialização
Iniciativa a desenvolverValorização de produtos da figueira-da-índia através da sua transformação, tendo como objetivo a sua integração no mercado.
Parceiros
Prioridade TemáticaMelhoria da integração nos mercados
Domínios
NUTS IContinente
Identificação do problema ou oportunidadeA espécie Opuntia ficus-indica (L.) Mill constitui um recurso alimentar em toda a bacia do Mediterrâneo. Esta planta está integrada no modo de vida das populações rurais desde há séculos, sendo classificada como indígena pelo DL 565/99 de 21 de Dezembro (nº3, artº 1º). Desde 2009, a sua plantação começou a ganhar terreno em Portugal e neste momento o seu cultivo estende-se já um pouco por todo o País.Estima-se a existência de 250 ha já plantados, sendo certo que esse valor aumentará para 400 ha no biénio 2016/17 [1] e plausível que ultrapasse os 1000 ha até ao final da década.
O escoamento comercial dos produtos destas plantações terá no entanto de enfrentar fortes desafios de mercados já enraizados, como é o caso de Itália que possui atualmente cerca de 3500 ha de pomares com produções anuais de 70000 t/ano de fruto e uma rede comercial deste produto muito eficaz. Por outro lado, outras regiões/países têm também estabelecido uma determinada especialização, como é o caso do norte de África (Marrocos, Argélia e Tunísia) relativamente à produção de óleo das sementes e do Brasil, onde o foco é a produção de forragens para alimentação animal[2].
É indiscutível que a dimensão limitada de área de cultivo em Portugal possui custos associados que dificultam a competição comercial. Por outro lado, existe um conjunto de potenciais valorizações dos produtos do cultivo de Opuntia ficus-indica L.que estão em grande parte ainda por desenvolver e que poderão assumir um carater diferenciador em relação aos produtos disponíveis no mercado e constituir uma oportunidade em nichos de mercado onde Portugal poderá marcar posição.
Este plano de ação surge assim como uma oportunidade de desenvolvimento de novos produtos de valor acrescentado derivados de Opuntia ficus-indica L. que possam conduzir à afirmação de uma fileira complexa através de múltiplos produtos de relevância no mercado nacional e internacional.
Objetivos visados O plano de ação OpuntiaValor estabelece sinergias entre o Município de Idanha-a-Nova (MIN), a Associação de Empresários e Industriais de Opuntia ficus-indica (AEIOfi), a empresa Figo d´Idanha, o Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento de Idanha-a-Nova (CMCDIN), a Universidade de Aveiro (UA), a Escola Superior Agrária de Castelo Branco (IPCB/ESA) e a Associação Centro Apoio Tecnológico Agro-Alimentar de Castelo Branco (CATAA), com o objetivo principal de rentabilizar a cultura Opuntia ficus-indica L. que tem vindo a ser instalada em Idanha-a-Nova, através da obtenção de produtos de valor acrescentado.
Objetivos específicos:
1.Exploração de atributos nutricionais e propriedades bioativas de produtos de colheita de 3 variedades de Opuntia ficus-indica L. cultivadas em modo biológico. Comparação entre produtos da primeira colheita com os produtos de colheita tardia.
2.Identificar a(s) variedade(s) de Opuntia ficus-indica L. mais adequada(s) à transformação dos seus produtos de colheita i.e. frutos (polpa, cascas e sementes), flores e cladódios.
3.Estudo de métodos de secagem da matéria-prima, de forma a perceber possíveis alterações químicas e funcionais causadas pelo processo de desidratação. Comparação de viabilidade económica de diferentes processos de secagem.
4.Desenvolvimento de produtos alimentares funcionais com base em Opuntia ficus-indica L. como “ingrediente”.
5.Avaliação de novos produtos selecionados em relação a possíveis alegações de benefício nutricional e/ou funcional.
6.Obtenção de óleo de semente por aplicação de técnica de alta pressão, com finalidade de criar um produto de elevada qualidade e diferenciado dos existentes no mercado.
7.Estudo de métodos de preservação de produtos selecionados, englobando a técnica de alta pressão como alternativa capaz de trazer características inovadoras aos produtos.
8.Análise de aceitação dos novos produtos pelos consumidores.
9.Divulgação e procura de mercados para os produtos transformados.
Tipologia de resultados a atingir e potenciais beneficiáriosDe acordo com o delineamento e as metodologias projetadas para este plano de ação, pretende-se atingir os seguintes objetivos:
1.Identificar qual das três variedades de Opuntia ficus-indica L. atualmente cultivadas na Base Rural de Idanha-a-Nova é mais adequada à transformação em produtos alimentares de valor acrescentado, que possam tirar proveito do seus respetivos valor nutricional e/ou funcional (propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias e outras relacionadas com problemas de obesidade, diabetes, prevenção doenças cardiovasculares ou hipertrofia benigna da próstata). Os produtos em foco serão farinhas de cladódios; chá e/ou produtos desidratados para produção de chá a partir das cascas do fruto e flores; bebidas fermentadas e/ou preparados de polpa do fruto.
2.Concluir sobre a disponibilidade da matéria-prima ao longo do ano, após perceção sobre possíveis alterações nas propriedades químicas e/ou funcionais nos frutos, flores e/ou cladódios (1ª colheita vs colheita tardia) capazes de afetar as características pretendidas nos produtos que irão ser desenvolvidos.
3.Implementação do método de secagem da matéria-prima mais adequado, tendo em consideração o balanço entre os custos inerentes a este processo e a máxima preservação do valor nutricional/ funcional dos produtos.
4.Comprovar o elevado valor nutricional e/ou funcional dos novos produtos alimentares de origem “Opuntia ficus-indica”. Estas conclusões permitirão divulgar atributos relacionados com a saúde e por essa razão atingir nichos de mercado de produtos com elevado valor comercial, como é o caso dos alimentos funcionais.
5.Estabelecer qual a metodologia de conservação dos produtos alimentares desenvolvidos, tendo em consideração os seus custos e a valorização nutricional e/ou funcional no produto final. Realça-se que é expectável que a utilização da tecnologia de alta pressão resulte na obtenção de produtos com características organoléticas e funcionais diferenciadas.
6.Desenvolver óleo de semente de elevada qualidade produzidos com recurso à tecnologia de alta pressão. Note-se que apesar do norte de África estar posicionado no nicho de mercado de óleo de semente, os processos de obtenção deste produto utilizam normalmente temperaturas superiores a 40 ºC, que presumivelmente causam degradação de características químicas do produto. Neste contexto, é expectável que a extração do óleo por técnica de altas pressões com recurso a baixas temperaturas permita obter um produto com características químicas e funcionais diferenciadas dos produtos atualmente comercializados. Espera-se assim que este produto possa atrair empresas na área de cosmética, motivados pela integração de um óleo de qualidade superior nos seus produtos.
7.Perceber novas oportunidades de negócio/mercado.
A obtenção dos resultados mencionados terá como beneficiários principais os produtores de figueira-da-índia, em particular os diretamente envolvidos neste plano de ação (Figo d´Idanha e associados da AEIOfi). No entanto, serão também potenciais beneficiários deste plano as industrias que aproveitem o valor nutricional e/ou bioativo dos produtos aqui estudados/desenvolvidos para comercialização de novos produtos no seu portfolio, em parceria e/ou acordos estabelecidos com os produtores.
InterlocutorManuel Monteiro
MoradaCâmara Municipal de Idanha-a-Nova, Largo do Município
LocalidadeIdanha-a-Nova
Código postal6060 - 163
Telefone277200570
Iniciativa semelhante 
  

 


Desenvolvido pela informática da DGADR
WAI-A