ATAHCA - Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave
Designação da parceria
MINHOFRUCTUS
Iniciativa a desenvolver
Valorizar um conjunto de variedades regionais de frutas da região do Minho, já identificadas, através do estudo e desenvolvimento de técnicas produtivas sustentáveis, novas utilizações em fresco e após processamento em 1ª transformação, que permitam a criação de produtos inovadores e a sua valorização no mercado.
Parceiros
Prioridade Temática
Melhoria da integração nos mercados
Domínios
NUTS I
Continente
Identificação do problema ou oportunidade
O Minho foi em tempos um importante produtor de frutas, principalmente de maçã, pêra e laranja. Com a evolução da agricultura operada nas últimas décadas e o abandono da atividade agrícola, muitas das variedades regionais que constituíam a base para a produção de sidra (outrora uma importante actividade nos vales do Neiva, Minho, Homem e Cávado) e para a produção de maçãs e pêras para consumo em fresco e também para “pêras passas”, deixaram de representar o interesse de outrora para os agricultores. Nesta região existem dezenas de variedades de frutas regionais que ao longo dos tempos se foram adaptando às características edafoclimáticas e os ecosistemas específicos de cada zona e cujo cultivo é ancestral e intimamente ligado à história e cultura locais, traduzidas pelas inúmeras manifestações culturais associadas às variedades de frutas regionais. Vivemos actualmente numa sociedade que promove o “absolutismo do mercado livre”, onde a grande distribuição é que define quais os produtos frutícolas (entre outros) que os consumidores podem levar para suas casas, comprometendo o desenvolvimento de regiões de minifúndio onde predominam as pequenas explorações, como é o caso da região do Minho. É por isso necessário estudar e investigar estas variedades encontrar novas soluções para a sua valorização agro-alimentar ao nível da produção sustentável, e optimização do seu consumo em fresco e transformado, de modo a aproveitar todo o seu potencial alimentar e económico junto de mercados de consumidores cada vez mais receptivos a novos produtos que apresentem características diferenciadoras em relação aos produtos massificados.
Objetivos visados
Tendo em consideração o trabalho já iniciado, a experiência das entidades envolvidas e a complementaridade e integração entre parceiros (investigação, produção, comercialização e promoção) que esta iniciativa irá permitir através da prossecução dos seguintes objectivos:
> Aproveitar a biodiversidade frutícola da região para o desenvolvimento de novos produtos, através de modos de produção sustentáveis, introduzindo desta forma valor acrescentado aos produtos locais; > Estudar o desenvolvimento de novas técnicas, utilizações e novos produtos através da inovação na produção, processamento e transformação de variedades frutas regionais, designadamente: para consumo em fresco, produção de sidra, liofilização, secagem/desidratação, compotas, concentrados de polpa e óleos essenciais;
> Integrar novos agentes na fileira das variedades regionais de frutas, designadamente empresas agro-alimentares, técnicos e investigadores, aproveitando as sinergias e introduzindo novas dinâmicas entre os vários agentes da fileira.
> Dinamizar o sector agrário através da diversificação económica por via de novos produtos agro-alimentares que potenciem a criação de negócios e a fixação de mão-de-obra nomeadamente a jovem e qualificada.
Tipologia de resultados a atingir e potenciais beneficiários
Face aos objectivos delineados e plano de acção previsto pretendemos com a implementação desta iniciativa atingir os seguintes resultados:
> Criar cinco espaços de divulgação/campos de demonstração que permitam a realização de estudos de optimização da produção sustentável e a sua divulgação junto dos potenciais beneficiários de cada território (NUT III);
> Estabelecimento de parâmetros produtivos que permitam determinar modos de produção sustentáveis e adaptados a novos hábitos de consumo e à sua conservação e transformação;
> Aperfeiçoamento, optimização e estabilização de diversos processos de transformação (desidratação, liofilização, vinificação - ex.sidra; cozedura; confitagem; cristalização;
> Disponibilização e disseminação junto dos beneficiários de conhecimento técnico e informação útil para a resolução dos problemas identificados;
> Desenvolvimento de novos produtos transformados com características diferenciadoras adaptados às novas necessidades dos consumidores;
> Obtenção de produtos em fresco e transformados de melhor qualidade (fisico-química, nutricional e organoléptica) nutricional;
> Concepção e edição de documentos de divulgação específicos (brochuras divulgação, cadernos de campo, manuais de boas praticas).
Os potenciais beneficiários desta iniciativa serão:
> Produtores agrícolas do Minho; > Agentes económicos locais (empresas do sector agro-alimentar, da hotelaria e restauração, do comércio, novos empreendedores); > Os consumidores; > Em termos globais os territórios rurais abrangidos (NUT III - Alto Minho, Lima, Cávado, Ave, Tâmega e Sousa, Vouga que vêem valorizados estes activos territoriais endógenos.