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parceiro responsável pela parceriaAFLOSOR - Associação dos Produtores Agro-Florestais da Região de Ponte de Sor
Designação da parceriaPLATISOR - Métodos para a gestão do montado de sobro com ataques de plátipo da região do Sor
Iniciativa a desenvolverTranspor os constrangimentos causados pelos ataques do plátipo diminuindo o seu impacte e a sua expansão nos montados de sobro da região do Sor conjugando novas formas de gestão dos povoamentos com novos meios de luta e aperfeiçoamento dos existentes
Parceiros
Prioridade TemáticaAumento da eficiência dos recursos na produção agrícola e florestal
Domínios
NUTS IContinente
Identificação do problema ou oportunidadeOs montados de sobro são ecossistemas muito complexos e de delicado equilíbrio característicos da Bacia Mediterrânica, com grande importância económica, social e ecológica em Portugal, ocupando atualmente cerca de 737 mil ha, que corresponde a 23% da área florestal total (ICNF 2013).
A partir da década de 80 verifica-se em Portugal um agravamento do seu estado sanitário em zonas geográficas e povoamentos relativamente bem delimitados, à semelhança do que acontece noutros países da bacia mediterrânica.
Quanto aos factores bióticos foi verificado que o declínio da espécie está intimamente associado a padrões complexos nos quais as pragas (p. ex. Platypus cylindrus, Coroebus undatus) e as doenças (p. ex. Phytophtora spp, Biscogniauxia mediterranea, Botriosphaeria stevensii e Ophiostoma spp) são determinantes na morte dos sobreiros.
O Platypus cylindrus que atacava sobretudo árvores mortas ou muito enfraquecidas, surge nas últimas décadas associado ao declínio do sobreiro em Portugal, contribuindo para a mortalidade de milhares de árvores aparentemente sãs. É também um vector de fungos patogénicos cujas associações podem ser interpretadas como fazendo parte do sistema evolutivo que permitiu o incremento populacional do insecto, ou é uma adaptação para assegurar o alimento para as larvas, ou ainda um mecanismo para colonização de hospedeiros com características diferentes.Gradualmente têm-se vindo a notar um progressivo aumento dos ataques do plátipo, nomeadamente em árvores verdes.
Os trabalhos desenvolvidos sobre esta problemática, têm focado as interações com outros agentes nocivos e a árvore hospedeira, o ciclo biológico e dinâmica de populações, com a definição de medidas para o seu controlo. O desenvolvimento de métodos de captura baseados num melhor conhecimento dos mecanismos de seleção dos hospedeiros (voláteis dos hospedeiros e feromonas específicas) sendo a estratégia preferencial que está a ser implementada no seu controlo.
Objetivos visados Com esta iniciativa, direcionada para o controlo das populações do plátipo na região do Sor, cujos impactes negativos são bastante relevantes, pretende-se desenvolver estratégias operacionais que ultrapassem os constrangimentos identificados.
A conjugação de novas atividades de gestão florestal e novos meios de luta, contribuirão para:
• reduzir o impacte económico nas zonas onde a praga se encontra presente;
• controlar a sua expansão para novas áreas;
• um retorno da confiança dos proprietários florestais para a manutenção e plantação de novas áreas de sobreiro.

Objetivos gerais do Grupo Operacional:
- Conhecer os fatores relacionados com a distribuição espacial/temporal dos ataques do platipo;
- Conhecer a biecologia do plátipo na região;
- Procurar alternativas aos meios de controlo já existentes (biológica e química);
- Procurar aumentar a eficácia da técnica de armadilhagem actualmente comercializada.
Tipologia de resultados a atingir e potenciais beneficiáriosNo final deste projeto pretende-se ter consolidado o conhecimento existente sobre a bio-ecologia e dinâmica populacional das populações do Plátipo e padrão espácio/temporal dos seus ataques nos montados de sobro da região do Sor, com estabelecimento de equações de risco, em função das principais variáveis dos povoamentos, topografia, características do local e tipo de gestão do montado.
Este projeto pretende também definir um conjunto de procedimentos para melhorar a gestão dos montados, de modo a promover a capacidade de resistência dos sobreiros aos ataques do plátipo, bem como a descrição do método mais adequado para a gestão da madeira atacada, de modo a eliminar do povoamento todos os potenciais focos de novas infestações.
Por outro lado, espera-se ter contribuído significativamente para o conhecimento sobre os inimigos naturais do plátipo e a avaliação do potencial de cada um dos organismos encontrados para integrar um plano de luta biológica. A escolha e inclusão de um organismo nesse plano implica que foi possível a sua manutenção em condições laboratoriais bem como o estabelecimento de uma metodologia de produção em massa para posterior aplicação no terreno.
Quanto à luta química, espera-se que no final do projeto ter sido encontrada uma substância química comprovadamente eficaz que tenha sido submetida às instituições oficiais portuguesas para homologação como tratamento fitossanitário contra o plátipo, ou, tenha sido emitida uma autorização extraordinária para seu uso experimental em maior escala, como uma primeira fase no procedimento legal de homologação.
Finalmente, pretende-se obter um novo conjunto armadilha/ atrativo químico para a captura do plátipo, mais eficaz do que o atualmente comercializado, bem como a elaboração de um manual para a sua instalação no campo, com base no aprofundamento obtido do conhecimento sobre o comportamento do plátipo em voo em resposta à estrutura dos povoamentos e às condições climáticas.
Trata-se de um manual de boas práticas para a gestão dos montados de sobro e azinho em Portugal contra o plátipo, apresentando todas as opções disponíveis para a luta integrada contra esta praga, baseada na informação científica produzida até ao momento, de modo a que assegurar a manutenção das populações a níveis reduzidos, permitindo deste modo que as medidas de recuperação do vigor das árvores tenham efeito.
O manual será disponibilizado para todas as associações de produtores florestais da zona de distribuição do sobreiro e da azinheira e, através delas, a todos os proprietários.
InterlocutorAFLOSOR - Associação de Produtores Agro-Florestais da Região de Ponte de Sor
MoradaZona Industrial de Ponte de Sor, Edificio Nuno Vaz Pinto. Rua E, Lote 79
LocalidadePONTE DE SOR
Código postal7400 - 211
Telefone242203296
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