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parceiro responsável pela parceriaMunicípio de Alcoutim
Designação da parceriaPRONORDESTE – Requalificação e gestão florestal sustentável dos povoamentos de Pinheiro manso (Pinus pinea) no Nordeste Algarvio e Sudeste Alentejano
Iniciativa a desenvolverDesenvolver, avaliar e fomentar um modelo de gestão florestal que permita aumentar o potencial produtivo do pinhal (pinha, resina, biomassa), a sua função de proteção do solo e sequestro de carbono e promover a sua adaptação às alterações climáticas
Parceiros
Prioridade TemáticaMelhoria da gestão dos sistemas agroflorestrais
Domínios
NUTS IContinente
Identificação do problema ou oportunidadeA área correspondente ao Nordeste Algarvio e Sudeste Alentejano apresenta elevada suscetibilidade à desertificação, associada à progressiva perda e degradação dos solos. Os solos da região, já de si esqueléticos e de baixa fertilidade, a par das alterações climáticas, concorrem para a progressiva perda de capacidade produtiva do território. Os investimentos em reflorestações realizados ao longo das últimas décadas nesta região visaram promover uma floresta de protecção, onde se destaca o povoamento estreme de pinheiro manso. A maioria destes povoamentos caracteriza-se por uma escassa produção de pinhão, baixa qualidade do solo e reduzida biodiversidade, falhando nos seus objectivos económicos e ecológicos e aumentando a suscetibilidade a fatores adversos abióticos e bióticos (incêndios, pragas e doenças) e às alterações climáticas.
Este cenário ameaça a continuidade e o desenvolvimento de muitas das atividades económicas características do espaço rural como a silvo-pastorícia, a apicultura, a exploração cinegética, a exploração de produtos silvestres, o turismo em espaço rural e de natureza e até a função primária de proteção do solo.
O espaço florestal existente pode e deve ser capaz de assumir a sua função produtiva sem prejuízo da sua função de proteção do ecossistema, através da melhoria efetiva da qualidade do solo e do aumento da capacidade de captação de carbono ao nível do solo e da vegetação, por via da adoção de uma gestão florestal adequada e do aproveitamento energético de biomassa florestal.
A gestão destes sistemas permitirá ainda devolver e melhorar as condições de suporte para a revitalização de uma abordagem multifuncional da floresta nas suas componentes tradicionais já referidas, ou em componentes inovadoras (inovação, produção, transformação e comercialização de bens e serviços), criando assim oportunidades de negócio resultantes da requalificação dos espaços florestais, com impacte positivo no desenvolvimento económico da região.
Objetivos visados A intervenção pretende promover a viabilidade do espaço florestal e favorecer a adaptação das plantas e animais a condições adversas e às alterações climáticas (aumentar o sequestro de carbono e diminuir a degradação dos solos), através da requalificação dos povoamentos florestais de pinheiro manso no Nordeste Algarvio e Sudeste Alentejano. O desenvolvimento de uma estratégia de gestão adaptativa irá conduzir à melhoria da funcionalidade destes ecossistemas e dos serviços que prestam à comunidade local.
Mais especificamente, pretende-se:
Demonstrar o impacto positivo de um desbaste parcial de pinheiro manso nestes povoamentos para: o retorno económico dos proprietários de reflorestações; para o aumento da biodiversidade e para a conservação do solo e da água na região;
Aumentar a captação de carbono e melhorar a estrutura e aumentar o teor de matéria orgânica no solo e, consequentemente, a capacidade de retenção de água e disponibilidade em micronutrientes;
Aumentar a resiliência do sistema aos fenómenos de desertificação, nomeadamente através da redução do risco de erosão, maior cobertura do solo e aumento da biodiversidade;
Contribuir para a progressiva adaptação destes ecossistemas ao cenário de alterações climáticas previsto para a região, através da promoção: (i) do desenvolvimento e regeneração natural de espécies autóctones adaptadas a condições climáticas extremas como a azinheira, (ii) da utilização multifuncional destes ecossistemas, potenciando a sua diversificação e a exploração económica simultânea de outras espécies e/ou actividades a médio/longo prazo;
Relançar atividades tradicionais e potenciar a instalação de novas culturas e de produções inovadoras;
Desenvolver materiais de divulgação de apoio à gestão adaptativa destes ecossistemas e orientar futuros planos de reflorestação; e disseminar os resultados obtidos junto das entidades relevantes: proprietários, gestores florestais e técnicos de associações e da administração pública regional e nacional
Tipologia de resultados a atingir e potenciais beneficiáriosEsta iniciativa pretende demonstrar os benefícios de um desbaste parcial de pinheiro manso em reflorestações realizadas na região semiárida do Algarve e Alentejo, para a melhoria do funcionamento e dos serviços prestados à população por estes ecossistemas. Essa melhoria, além dos benefícios ambientais esperados (melhoria da qualidade do solo, do sequestro de carbono e da biodiversidade, redução da vulnerabilidade face às alterações climáticas, etc.), deverá reflectir-se também num maior retorno económico para os proprietários das reflorestações. Esta melhoria ocorrerá quer através do aumento da rentabilidade do próprio pinheiro, quer do maior desenvolvimento e regeneração natural das espécies autóctones co-plantadas, contribuindo para a diversificação do aproveitamento económico destas áreas a médio/longo prazo, no sentido da sua exploração numa perspectiva multifuncional.
Os beneficiários desta iniciativa serão:
• Em primeiro, lugar, os próprios proprietários, através do aumento do retorno económico das reflorestaçãos. Numa primeira fase, os proprietários poderão tirar benefícios económicos da madeira/biomassa resultante do desbaste. A médio/longo prazo, a redução da densidade proporcionada pelo desbaste poderá contribuir para: (i) um aumento da produtividade dos pinheiros (biomassa, pinhão e/ou resina), cujo aproveitamento económico, na situação actual, é praticamente nulo; (ii) a progressiva diversificação e aumento da biodiversidade destas áreas, permitindo a sua exploração multifuncional através da diversificação das actividades económicas desenvolvidas (por ex.: apicultura, aproveitamento de plantas aromáticas, pastoreio pouco intensivo, apanha de cogumelos, etc.)
• A população da região, já que a definição de uma gestão adequada das reflorestações com pinheiro manso no sentido da sua progressiva reconversão num sistema multifuncional com maior preponderância das espécies autóctones altamente adaptadas a elevada aridez, contribuirá para: (i) uma melhor gestão da produção florestal/agrícola associada à manutenção da biodiversidade autóctone e conservação do solo e da água; (ii) a adaptação destas áreas às alterações climáticas previstas para a região, reduzindo a sua vulnerabilidade (por ex.: ao fogo, às pragas e doenças).
• O projecto permitirá ainda desenvolver instrumentos de apoio à gestão adaptativa destes ecossistemas junto de gestores florestais e técnicos de associações, bem como de técnicos e decisores políticos da administração pública regional e nacional;
• Os resultados contribuirão também para orientar futuros planos de reflorestação e melhorar a relação custo/benefício, através da optimização da densidade de pinheiros a utilizar e da selecção das estratégias mais adequadas para o estabelecimento assistido ou espontâneo das espécies-chave nesta região, como a azinheira.
• Através da disseminação dos resultados obtidos e da definição da estratégia de gestão adaptativa mais adequada para estes locais, a iniciativa poderá beneficiar todos os detentores de áreas reflorestadas com pinheiro manso, sobretudo na região semiárida do Alentejo.
• Serão beneficiados indiretamente os utilizadores do espaço e as empresas de base rural. Serão também beneficiados de forma indirecta e residual, os sistemas a jusante pela diminuição da erosão e assoreamento.
InterlocutorNelson Gonçalves
MoradaRua do Município nº 12
LocalidadeAlcoutim
Código postal8970 - 066
Telefone281540500
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