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parceiro responsável pela parceriaGiFF, Gestão Integrada e Fomento Florestal
Designação da parceriaResiVal
Iniciativa a desenvolverProjeto piloto de demonstração da resinagem na gestão sustentável do ecossistema pinhal bravo. Valorização, proteção e gestão dos povoamentos, com exploração de outros Produtos Florestais Não Lenhosos (PFNL), execução de ações silvícolas e de DFCI.
Parceiros
Prioridade TemáticaMelhoria da gestão dos sistemas agroflorestrais
Domínios
NUTS IContinente
Identificação do problema ou oportunidadeA ausência de gestão e de valorização dos povoamentos de pinheiro bravo está na origem da sua forte degradação e desaparecimento, sobretudo por ação dos incêndios florestais (redução de 263 mil ha entre 1995 e 2010, ICNF, IFN6). A gestão ativa implica investimentos importantes cuja sustentabilidade deverá ser assegurado pela valorização e exploração racional dos recursos. A gestão suportada financeiramente apenas no retorno dos recursos lenhosos implica, para a sua sustentabilidade e com base na produtividade lenhosa da espécie, a atribuição de territórios demasiado vastos por unidade de trabalho, que diminuem a sua eficácia (~2.000 ha por equipa de 5 elementos) e da realização de investimentos com retorno muito diferido no tempo. A valorização e diversificação dos recursos dos pinhais deverá permitir a sustentabilidade da sua gestão ativa, diminuindo a área de gestão sustentável por ativo, a sua exposição ao risco, e substituindo investimentos não produtivos na sua proteção, com aumentos lógicos de eficácia e de eficiência. A exploração de PFNL, com base na exploração da resina – atividade com maior intensificação de mão-de-obra, continuidade no tempo e retorno a médio prazo – aliada à exploração de outros produtos, nomeadamente de cogumelos silvestre, e à prestação de serviços aos gestores e às comunidades, pode constituir-se como uma séria oportunidade de valorização dos povoamentos desta espécie, que contribua para a sua gestão ativa, a criação de emprego e o desenvolvimento rural. A resinagem tem sido executada como atividade isolada não integrada na valorização de outros produtos florestais, na gestão e na proteção dos povoamentos. Esta situação traduz-se em sazonalidade e intermitência na criação de emprego, e no subaproveitamento da forte presença e dos conhecimentos dos seus praticantes. Estas atividades sazonais são executadas de forma isolada e frequentemente por agentes diferentes, agindo fundamentalmente como agentes recolectores, sem interação entre eles e sem uma estratégia integrada de gestão que permita o aproveitamento das elevadas sinergias que podem e devem ser criadas. A sua presença, as suas intervenções, ou os seus conhecimentos não são utilizados de forma concertada para melhorar a produtividade, a gestão e a proteção desses espaços, nomeadamente para contrariar um dos seus maiores inimigos, os incêndios florestais.
A integração e coordenação das diversas atividades deverá permitir a criação de empregos estáveis e duradoiros e contribuir para a proteção florestal e para o desenvolvimento rural através dos valores gerados.
Objetivos visados Implementação de soluções de gestão inovadoras no ecossistema pinhal bravo, através da criação de complementaridade entre atividades, funções e entidades;
Aumentar a eficiência financeira e operacional das atividades de DFCI através da sua afetação a atividades produtivas;
Implementar gestão ativa permanente através da exploração racional de PFNL e da execução de atividades de silvicultura e de DFCI;
Eliminação da sazonalidade (e vulnerabilidade) da contratação no âmbito da resinagem. Transformar equipas temporárias de resineiros em equipas permanentes de operacionais da proteção e valorização florestal da sua área de residência;
Avaliar a influência da exploração racional de PFNL nas contas de cultura do pinhal bravo;
Avaliar a relação custos/benefícios de cada uma das atividades desenvolvidas e do seu contributo para a sustentabilidade da equipa;
Avaliar a dimensão mínima da área de intervenção que permita a sustentabilidade financeira da contratação permanente de equipa de 5 ativos para a implementação das atividades;
Avaliar o contributo da resinagem e da exploração de outros PFNL, para o desenvolvimento rural e para a valorização destes espaços, através do pagamento das rendas das árvores, dos salários aos ativos e da venda de produtos.
Diminuição da incidência e do impacto dos incêndios florestais. Avaliar o contributo destes ativos florestais - munidos com os devidos equipamentos, formação e coordenação e integração adequadas - para a realização de ações de prevenção estrutural e de apoio à deteção, primeira intervenção e vigilância de rescaldos a incêndios florestais, com integração no dispositivo municipal de DFCI.
Aumento da produção de resina, importante matéria-prima para a indústria nacional, diminuindo as importações e a dependência externa.
Tipologia de resultados a atingir e potenciais beneficiáriosResultados esperados:
Pretende-se que as atividades relacionadas com a proteção florestal, frequentemente de índole não produtiva, sejam asseguradas por ações produtivas. Através da implementação do ResiVal pretende-se apoiar o investimento para o lançamento de ação piloto que permita demonstrar que é possível solucionar os problemas principais da maior parte das áreas de pinhal bravo do nosso país: absentismo e ausência de gestão. Através da reunião de esforços e de funções, implementados com base no retorno da valorização desses espaços, esperamos obter resultados que comprovem a racionalidade desta aproximação e que permitam a sua divulgação e aplicação noutras áreas de pinhal.
•Integração da equipa no dispositivo municipal de defesa da floresta contra incêndios, via município e seu GTF, e sua colaboração em ações de vigilância, deteção e primeira intervenção na área de intervenção;
•Influência da exploração de PFNL e da execução de ações de silvicultura e de DFCI na sustentabilidade da contratação e operacionalidade de ativos florestais;
•Comparação, entre sistema tradicional e sistema integrado proposto, dos custos e resultados de ações de prevenção, vigilância e apoio ao combate;
•Diminuição das ocorrências e do risco de incêndio na área de intervenção da equipa,
•Importância da exploração de PFNL nas contas de cultura do pinhal bravo;
•Determinação de área mínima de pinhal para sustentabilidade financeira de gestão ativa de equipa de 5 operacionais com base na exploração de PFNL, execução de serviços de silvicultura e de DFCI, em comparação com a gestão baseada apenas na produção lenhosa;
•Impacto na economia local da contratação de equipa permanente de operacionais, do pagamento de rendas e da exploração de PFNL;
•Elaboração de desdobrável sobre a área de demonstração para distribuição a visitantes e outros potenciais interessados;
•Produção e divulgação de resultados do projeto em seminários, congressos, rede rural e plataformas web das entidades envolvidas no GO;
•Itinerário técnico de gestão sustentável para áreas de pinhal com exploração de resinagem, de outros PFNL e execução de serviços de silvicultura e de DFCI;
•Desenvolvimento de modelo de gestão e de valorização do pinhal bravo que se constitua como alternativa à reconversão destes povoamentos para espécies de rápido crescimento;
•Criação e sustentabilidade de equipa de operacionais florestais, constituída por 5 elementos contratados em permanência durante a vigência do GO, na zona de influência das áreas florestais de intervenção;
•Sustentabilidade final da equipa que permita a sua continuação para além da duração do grupo operacional e portanto da obtenção de financiamento, permitindo a replicação do modelo noutras áreas de pinhal.
Potenciais beneficiários:
•Proprietários e gestores de povoamentos de pinheiro bravo;
•Estruturas Municipais de DFCI;
•Empresas de resinagem;
•Indústria nacional de resinagem (pela maior disponibilização de matéria prima);
•Populações locais em áreas florestais com dominância de pinheiro bravo;
•ICNF (pela eficiência na gestão das áreas florestais e diminuição de área ardida).
Potencial de disseminação:
O potencial de disseminação mais importante será determinado pela sustentabilidade do modelo proposto, que determinará a sua aplicabilidade noutros territórios com condições semelhantes, cuja expressão no nosso país é ainda importante.
InterlocutorAntónio Salgueiro
MoradaRua Joaão Ribeiro Gaio, 9B, 1ºE
LocalidadeVila do Conde
Código postal4480 - 811
Telefone961341612
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