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parceiro responsável pela parceriaUTAD - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Designação da parceriaGrupo Operacional para a valorização económica e comercialização da Cereja de Resende
Iniciativa a desenvolverO plano de ação a desenvolver visa criar condições para converter a produção do fruto fresco numa sub-fileira estratégica - Cereja de Resende, elevando o referencial de qualidade da produção, a sua integração e orientação para mercados específicos.
Parceiros
Prioridade TemáticaMelhoria da integração nos mercados
Domínios
NUTS IContinente
Identificação do problema ou oportunidadeNa Região Norte de Portugal, as explorações com orientações combinadas são claramente dominantes, e a fruticultura, embora sendo relativamente marginal na região, assume relevância na região do Tâmega, em particular no município de Resende, onde se concentra uma produção importante de cereja. O fruto está a ser alvo do processo de certificação devido à importância económica que reproduz para o município, identificando-se como oportunidades o facto de um quarto da produção nacional de cereja sair deste concelho e, adicionalmente, representar as primeiras colheitas de cereja de toda a Europa, o que permite que estas cheguem ao mercado três semanas antes das que proveem de outras regiões.
A sub-fileira Cereja de Resende apresenta potencialidades em termos de exportação de cereja uma vez que pode encontrar no mercado um potencial consumidor deste fruto pela antecipação da maturação que se consegue obter. Contudo, a sua exportação implica, pelos especiais cuidados de manuseamento a que este fruto obriga, a obtenção de cerejas de boa qualidade, a dimensão na parte da produção, a execução de técnicas modernas de pós-colheita e a uma boa organização dos circuitos de distribuição e comercialização. Apesar das concretas oportunidades de crescimento desta cultura na região, subsistem problemas que se prendem com a qualificação da fileira, em termos de transferência de conhecimento e apoio dirigido aos produtores, na ótica dos efeitos dos diferentes cultivares, do estado de maturação, do ano e da conservação pós-colheita na qualidade sensorial e nutricional da cereja. O enfoque prioritário deste GO visa a melhoria da qualidade da cereja do fruticultor e consequente valorização económica da Cereja de Resende, através da implementação/monitorização das seguintes práticas agrícolas e medidas pós-colheita: i) Estado de maturação mais adequado; ii) Qualidade do produto final através da harmonização e uniformização da produção em linha com as exigências dos mercados externos; iii) Método de refrigeração rápida, fator crucial na melhoria da qualidade do produto final e no aumento do poder de conservação em prateleira; iv) Controlo e certificação do produto e dos pomares pelas normas GLOBALGAP, PRODI e MPB; v) Apresentação dos frutos em embalagens funcionais e adaptadas à refrigeração durante todo o circuito de distribuição e garantia por parte das grandes superfícies e retalhistas do espaço privilegiado para a venda destas cerejas de qualidade superior.
A criação de alternativas de escoamento seria também vantajosa para aumentar a dinâmica e a qualidade do mercado em fresco, nomeadamente, concentrando esforços na rastreabilidade do produto e promoção do mesmo.
Objetivos visados Tendo em conta a dimensão da região e, em particular, a reduzida dimensão das explorações, há dois desafios maiores, por um lado, a qualidade e capacidade de antecipação temporal da oferta, em detrimento da quantidade (Carvalho e Rousseau, 2000) e por outro a organização dos produtores e a valorização da produção através da comercialização. Assim, a implementação da iniciativa/projeto pretende criar condições para a valorização da produção de Cereja de Resende de qualidade superior, com o seguinte objetivo geral: incrementar a qualidade e uniformidade do produto final através da implementação normalizada de operações e tecnologias pós-colheita.
Seguem-se os objetivos específicos, que norteiam as fases do plano de ação:
i. Proceder à normalização do produto, de forma a garantir a colocação no mercado de frutos de bom calibre, atrativos, de boa qualidade gustativa, polpa firme, resistentes ao rachamento e a doenças, e com uma época de maturação alargada que permita a disponibilidade de cereja ao consumidor durante mais tempo;
ii. Promover técnicas e métodos inovadores de refrigeração rápida do produto, com vista a incrementar a qualidade do produto final e aumentar o poder de conservação em prateleira;
iii. Desenvolver ações técnicas para apropriar requisitos de rotulagem – país de origem e o número de operador hortofrutícola –, de forma a permitir a rastreabilidade do produto.
Tipologia de resultados a atingir e potenciais beneficiáriosCom esta iniciativa espera-se contribuir para a valorização económica da cereja de Resende, através da melhoria da sua qualidade, da reestruturação da fileira, da certificação da produção, pela melhoria das práticas culturais e uma nova abordagem aos mercados atuais, com especial orientação para a exportação. Com a globalização e o aumento da competitividade dos mercados internacionais as cadeias de distribuição europeia exigem cada vez mais produtos que cumpram com as necessidades do mercado – produtos de alta qualidade, que proporcionem uma plena segurança alimentar e, além disso, que se obtenham com técnicas que respeitem o meio ambiente. Observa-se um aumento da procura destes produtos por parte de um consumidor que pede cada vez mais informação sobre os produtos que consome, muito sensibilizado pelos temas que afetam diretamente, tanto a sua saúde, como a preservação da natureza. Assim sendo, é importante informar e comunicar a certificação do produto e a Indicação Geográfica Protegida da Cereja de Resende para a garantia de qualidade e o consequente aumento da valorização comercial, respondendo claramente às exigências dos mercados internos e de exportação. O projeto beneficiará diretamente produtores agrícolas e agroalimentares.
O referencial que se pretende atingir com a uniformidade e normalização do produto, permitirá gerir de forma rigorosa e economicamente mais interessante, a entrada em mercados específicos. A qualificação e capacitação desde o produtor até à organização de produtores com responsabilidade no processo pós colheita e indústria transformadora, será uma fase fundamental do plano de ação, garantindo a extensão do conhecimento e dos resultados atingidos a todos os agentes no processo, o que assevera, em caso de necessidade de ajustamentos, uma operacionalização imediata. Para além disso, todos os dados obtidos serão disponibilizados a toda a fileira da cereja. Incluem-se os associados das associações e cooperativas de produtores associados a este projeto, bem como todo o universo nacional de produtores de cereja. Acresce aos beneficiários a comunidade científica nacional e internacional, que irá ter disponíveis dados multidisciplinares relativos ao comportamento da cultura, e em última análise, os consumidores, que terão disponíveis produtos com uma maior qualidade e segurança alimentar.
Os resultados implicam um maior controlo e monitorização de todo o circuito, incorporando inovação na distribuição, no serviço de entrega e formatos personalizados. Os principais resultados – por um lado a qualidade da cereja, por outro a maior e melhor articulação entre os agentes da fileira, trará vantagens significativas para o consumidor final.
InterlocutorAlberto Moreira Baptista
MoradaQuinta de Prados
LocalidadeVila Real
Código postal5000 - 801
Telefone259350763
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