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parceiro responsável pela parceriaAAR - Associação dos Agricultores do Ribatejo - Organização de Empregadores dos Distritos de Santarém, Lisboa e Leiria
Designação da parceriaAGROBIRD
Iniciativa a desenvolverDesenvolvimento de novas estratégias de espantamento sustentável do arrozal na lezíria do Ribatejo
Parceiros
Prioridade TemáticaMelhoria da gestão dos sistemas agroflorestrais
Domínios
NUTS IContinente
Identificação do problema ou oportunidadeA Lezíria do Tejo é atravessada pelo Rio Sorraia. O rio Sorraia tem um curso de aproximadamente 60 km, atravessando o concelho de Coruche, indo juntar-se ao Tejo na lezíria de Vila Franca de Xira. É um importante afluente do rio Tejo, delimitando o Alentejo do Ribatejo e dotando de características únicas a região que atravessa.
Em termos de biodiversidade, esta região carateriza-se por uma extensa superfície de águas estuarinas, campos de vasas recortados por esteiros, mouchões, sapais, salinas e terrenos aluvionares agrícolas. A zona é considerada exemplar para aves que realizam migrações entre o Norte da Europa e África. De facto, no passado, a maioria das aves observadas nesta zona apenas permaneciam por curtos períodos de tempo. Todavia, com a alteração das culturas e com o aumento das temperaturas, motivada pelas alterações climáticas, algumas aves tornaram-se uma presença permanente.
Este facto, permite constatar uma alteração do ecossistema convencional e por conseguinte um novo paradigma da gestão e de adaptação às alterações climáticas. Prova disso mesmo é que adicionalmente a todos os elementos condicionantes da produção, os agricultores têm identificado novos elementos perturbadores como as aves e os javalis. Os prejuízos económicos com estes elementos têm vindo a agravar-se ao longo do tempo, com impactos que variam do pouco significativo até à perda total da cultura.
No caso da cultura do arroz, as aves são o elemento mais perturbador, nomeadamente; Cegonhas brancas (Ciconia ciconia); Gaivotas (Larus SPP); Pato real (Anas platyrhychos); Pardal (Passer domesticus); Ibis preta (Plegadis falcinellus); Flamingo (Phoenicopterus roseus). Destas espécies, aquelas que apresentam uma alteração do comportamento migratório e que imputam maiores perdas na cultura do Arroz, afetando de forma critica a sustentabilidade deste tipo de explorações agrárias, são a Cegonha e o Flamingo.
As técnicas de espantamento de aves são utilizadas há muito tempo pelos agricultores, tal como por outras entidades, nomeadamente, em aeroportos e espaços militares de acesso restrito. Neste âmbito, existem já inovações recentes que envolvem o uso de lasers, particularmente importantes para aves de comportamento noctívago, como é o caso dos flamingos. Métodos tradicionais como "papagaios de papel", canhões de gás, tiros de pólvora seca, aparelhagens sonoras específicas para as espécies a controlar e a utilização de falcões, continuam a apresentar níveis de eficácia variável. Uma das limitações destes métodos, com a exceção do falcão, é o fator da previsibilidade e da habituação desenvolvida pelas aves que anula o efeito pretendido. Além do aspeto referido, a utilização noturna é muito condicionada em qualquer uma das soluções anteriores. Só muito recentemente a utilização de laser permitiu com algum sucesso o efeito pretendido. No entanto, o efeito do laser está fortemente condicionado pela geografia do terreno, limitando a sua utilização a locais planos com poucos ou nenhuns elementos topográficos o que é raro na área de enfoque do projeto.
O objetivo mais amplo deste Grupo Operacional é desenvolver novas estratégias de espantamento de aves combinadas com métodos tradicionais, que otimizados e articulados para adicionar um elemento de imprevisibilidade e disponível 24 horas por dia com um impacto mínimo no ecossistema, seja ele poluição ambiental, sonora ou visual.
Objetivos visados A constituição do Grupo Operacional AGROBIRD nasceu da necessidade identificada por parte dos agricultores do Ribatejo, nomeadamente na orizicultura onde se constatou que as suas produções exercem uma ampla atractibilidade por várias espécies de aves, o que cria novos desafios de gestão da cultura. Assim, o projeto tem como objetivo geral (OG), reduzir o impacto das aves nas plantações de arroz.

O presente objetivo será concretizado através da materialização dos seguintes objetivos específicos (OE):

1: Recolha de informação sobre as aves e sua evolução ao longo do projeto;
2: Análise das diferentes fases de desenvolvimento da cultura do arroz que exercem atração à avifauna;
3: Análise do comportamento das aves e hábitos perante elementos externos naturais e artificiais;
4: Conceção e adaptação de diferentes formas para espantar aves de forma natural e de forma
artificial.

Adicionalmente, outro objetivo fundamental deste grupo operacional e que decorre da implementação do plano de ação, é a demonstração, divulgação e disseminação do conhecimento.
Tipologia de resultados a atingir e potenciais beneficiáriosO principal resultado deste grupo trabalho vai ser um manual de boas práticas de gestão do arrozal com vista à redução de perdas de produção por via do consumo ou dano provocado por espécies de aves. Este manual, integrará todas as estratégias adotadas (naturais e artificiais), nomeadamente, aquelas que envolvem a utilização de um VANT adaptado. A utilização de um VANT apresenta inúmeras vantagens competitivas, podendo ser utilizado a qualquer hora do dia (muito importante para as espécies noctívagas) e com vários tipos de condições meteorológicas. O comportamento/padrão de voo do VANT será definido de acordo com a espécie em causa e utilizado na altura do ano/dia de acordo com o estado fenológico da planta, na medida em que existem momentos mais suscetíveis a ataques de aves. Todos estes resultados, serão disponibilizados, num formato em que se perceba o racional da tomada de decisão em cada estratégia adotada, de forma a que seja possível ao leitor replicar o conceito com outros equipamentos e mesmo com outras tecnologias.
Os potenciais beneficiários desta iniciativa compreendem as PME’s essencialmente no domínio da eletrónica e programação, inclui ainda os prestadores de serviços na área do controlo de aves e também na área da aquisição de dados remotos, que atualmente já operam no mercado com soluções potencialmente adaptáveis ao uso de um VANT. Inclui também os vários agentes do movimento associativo que poderão disponibilizar um serviço pela gestão aos seus associados, tornando o custo operacional ainda mais reduzido. E naturalmente aos agricultores não só aos produtores de arroz (os principais beneficiários), mas também a outros que possuam explorações de média/grande dimensão com problemas semelhantes, que passarão a ter ao seu dispor novas ferramentas de gestão.
InterlocutorSusana Sassetti
MoradaRua de Santa Margarida, n.º 1 A
LocalidadeSantarém
Código postal2000 - 114
Telefone913450198
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