Iniciativas Iniciativas Procura de parceiros
 

Iniciativa - mais informação
parceiro responsável pela parceriaCAP - Confederação dos Agricultores de Portugal
Designação da parceriaCompatibilização do regadio com a conservação de aves estepárias ameaçadas em áreas de Rede Natura 2000
Iniciativa a desenvolverDesenvolver e aplicar práticas de gestão em sistemas agrícolas de regadio conciliáveis com a preservação de aves estepárias, em explorações localizadas em áreas importantes para a conservação destas espécies, nomeadamente Zonas de Proteção Especial.
Parceiros
Prioridade TemáticaMelhoria da gestão dos sistemas agroflorestrais
Domínios
NUTS IContinente
Identificação do problema ou oportunidadeEm Portugal, cada vez mais, a produção agrícola está dependente do regadio que, além de permitir ao agricultor obter maiores produtividades, coloca ao seu dispor um maior leque de opções culturais, permitindo-lhe assim, não só obter melhores rendimentos, como também produzir satisfatoriamente em condições meteorológicas adversas, nomeadamente as relacionadas com precipitação insuficiente.
O mosaico cereal de sequeiro + pousio + leguminosa de sequeiro é essencial para a protecção de um grupo de espécies de aves ameaçadas dentro das ZPE com características pseudo-estepárias. No entanto, este sistema agrícola limita as expectativas económicas dos proprietários, designadamente nas explorações agrícolas situadas no interior de uma ZPE que coincidem com áreas abrangidas ou adjacentes a perímetros de rega.
Alguns equipamentos de rega, como os pivots, podem ter um efeito negativo nos locais de reprodução de algumas espécies de aves estepárias. No entanto, a dimensão do impacto varia consoante a localização, a dimensão da área regada, o tipo de cultura e a utilização de determinado tipo de técnicas. Por outro lado, após o período reprodutor, no período mais quente e seco do ano, as áreas regadas podem atrair e fornecer alimento para algumas espécies.
Existe a percepção clara de que se poderá melhorar significativamente a compatibilização dos sistemas agrícolas de regadio com a conservação da biodiversidade, promovendo benefícios económicos acrescidos para os agricultores inseridos na Rede Natura 2000.
Assim, é fundamental compreender melhor a utilização do espaço pelas espécies de aves estepárias, aferir as necessidades de regadio e o tipo de áreas regadas que poderão ser instaladas sem impactos negativos na avifauna (ou mesmo com impactos positivos), fomentando, simultaneamente, o aumento da competitividade destas explorações agrícolas localizadas em Rede Natura 2000, o que será uma mais-valia para estes territórios e para a biodiversidade.
Objetivos visados Com esta parceria pretende-se estudar quais as consequências do regadio na conservação das aves estepárias, identificar formas de compatibilização e conceber medidas (técnicas de rega, práticas culturais e outras) que permitam mitigar os seus eventuais efeitos negativos, de forma a promover a adopção do regadio, até ao limite compatível com a sustentabilidade ambiental e com a qualidade dos habitats das áreas classificadas para a conservação da natureza, beneficiando simultaneamente o rendimento gerado nas explorações agrícolas e minimizando os custos compensatórios associados às medidas de política atualmente em vigor.

Para tal, pretende-se:

• Mapear com precisão a utilização espacial pelas espécies prioritárias (abetarda, sisão, tartaranhão-caçador e francelho) durante o seu ciclo anual, tendo em consideração as práticas culturais e as técnicas de rega; Identificar os locais chave para a reprodução dessas espécies, nomedaamente as arenas nupciais e os locais de nidificação;
• Avaliar com precisão o impacto do regadio no habitat das aves estepárias, nomeadamente dos diversos métodos e equipamentos de rega e tipos de cultura no comportamento e na utilização que as aves fazem do espaço ao longo do nas diversas fases dos seus ciclos de vida;
• Definir modelos de gestão do regadio e práticas culturais compatíveis com a conservação dos locais chave para as espécies alvo, a aplicar em cada exploração estudada e que sejam replicáveis noutras explorações;
• Avaliar o impacto económico, ao nível da exploração agrícola, dos diferentes modelos de gestão do regadio a introduzir;
• Avaliar os resultados da aplicação desses modelos e práticas culturais, quer ao nível das explorações agrícolas, quer ao nível das populações das espécies-alvo.
Tipologia de resultados a atingir e potenciais beneficiáriosA possível expansão das áreas regadas dentro de ZPE que, sem comprometer a qualidade dos habitats nem a dinâmica das populações das espécies-alvo, permitirá melhorar a rentabilidade das explorações agrícolas, contribuindo para a sua sustentabilidade, minimizando simultaneamente a despesa em políticas públicas de caráter compensatório associadas à proteção de espécies e de habitat em vigor.
Consequentemente, pretende-se reduzir e a conflitualidade entre agricultores e a conservação da natureza, ao permitir a mitigação da frustração das expectativas dos agricultores face à possibilidade de criarem áreas de regadio e de aumentarem a rentabilidade agrícola das suas explorações.

Com a colocação em prática dos modelos de gestão e das boas práticas que forem determinados nesta iniciativa é esperada uma manutenção e promoção das populações de aves estepárias que ocorrem nestas áreas, bem como, da rentabilidade económica das explorações.

Esta iniciativa será um importante contributo para promover a compatibilização de práticas agrícolas de regadio com a conservação da biodiversidade, em linha com as políticas Europeias, nomeadamente de evitar a perda da biodiversidade até 2020.

Os potenciais beneficiários diretos do plano de ação serão os agricultores cujas explorações agrícolas se localizam nas áreas geográficas das ZPE nacionais, que conjuguem condições de disponibilidade hídrica e de solo que permitam viabilizar a criação ou o alargamento de áreas regadas. Indiretamente beneficiarão também as populações, a sociedade e o país, através da conservação dos recursos solo e biodiversidade e da melhoria da sustentabilidade dos ecossistemas e dos seus serviços.
InterlocutorConfederação dos Agricultores de Portugal (CAP)
MoradaRua Mestre Lima de Freitas, nº 1
LocalidadeLisboa
Código postal1549 - 012
Telefone217100000
Iniciativa semelhante 
  

 


Desenvolvido pela informática da DGADR
WAI-A