O projecto “Agromarket”, pretende afirmar-se como um verdadeiro mercado agrícola digital, na medida em que visa a inserção das pequenas explorações nos mercados e melhorar a articulação entre produtores e compradores, tirando partido das vantagens que as plataformas online oferecem.
Parceiros
Prioridade Temática
Melhoria da integração nos mercados
Domínios
NUTS I
Região Autónoma dos Madeira
Identificação do problema ou oportunidade
A problemática que gira à volta da produção de produtos agrícolas e seus derivados, determina-se em: •Necessidade de reinventar o comercio da distribuição de produtos agrícolas regionais, por causa da atual pandemia. •Falta de escoamento de produto e valorização do mesmo no mercado atual. •Indisponibilidade dos produtores para irem ao encontro dos compradores, uma vez que os produtores têm falta de informação de onde podem vender seus produtos e formação em argumentação comercial; •Compradores sem escrúpulos que se aproveitam das circunstâncias muito próprias deste tipo de produtos (perecibilidade); •Escassa liquidez dos produtos que não se conseguem colocar à venda; •Inibição de produção em maior escala por falta de meio de comunicar os produtos que têm e perceber qual a sua procura. •Prejuízos elevados com produtos não vendidos, promovendo pobreza no meio agrícola; O sector agrícola, como é do conhecimento geral, é muito dependente de fatores extrínsecos aos produtores. De facto, uma das principais causas para que assim seja são as condições climatéricas, ainda que se tenham em conta as “canículas de agosto”, juntando-se-lhe o fator “sorte”, os quais, se outros não existirem, serão preponderantes numa boa colheita. Existindo boas colheitas, os produtores, podem deparar-se com um problema – o escoamento a preços e em condições que deveriam estar em linha com a lei da oferta e da procura. Mas, infelizmente tal não acontece para uma percentagem significativa de pequenos agricultores. Adicionalmente, é preciso não olvidar uma outra dimensão do problema e que tem a ver com o facto de certos compradores, normalmente consumidores finais, terem inaugurado, nos últimos tempos, impulsionados pelo turismo, uma procura incessante por produtos regionais de qualidade. E paradoxalmente, por vezes, torna-se difícil saber quem tem o quê. Na primeira dimensão apresentada, forma-se a “tempestade perfeita” com a existência em simultâneo de i) boa colheita, ii) produtor sem argumentos de venda e iii) produtor sem disponibilidade para divulgar o seu produto, favorecendo o aparecimento de compradores sem princípios que tentam a todo o custo comprar a custos insignificantes para o produtor, revendendo-os, posteriormente às superfícies comerciais com margens demasiado generosas, comparativamente com as margens dos produtores.
Objetivos visados
A ACIN, empresa presente no mercado há mais de 20 anos, prima pela aposta continua na inovação e utilização de meios de vanguarda na área da Cloud Computing. Fruto de todo este conhecimento na área das TIC, o projecto “AGROMARKET” foi desenhado para atingir os seguintes objetivos: 1.Combate ao desperdício alimentar e melhoria da economia De acordo com a Agência Europeia do Ambiente (AEA), todos os anos são desperdiçados cerca de 1/3 dos géneros alimentícios produzidos. Por incrível que pareça, dezenas de toneladas de produtos agrícolas apodrecem por falta de escoamento. Isto pode ser evitado se os produtores agrícolas conseguirem vender mais e a um preço mais justo. A plataforma AGROMARKET terá funcionalidades que vão permitir a colocação dos produtos e quantidades que cada produtor tem, colocar anúncios dos seus produtos, combinar os locais de entrega da mercadoria, entre muitos outras funcionalidades que simplificarão a logística e comunicação entre produtor e comprador. Este é, sem qualquer margem para dúvidas, um dos objetivos com mais importância que este projeto visa atingir. 2. Aumentar a rentabilidade dos agricultores Com este objetivo pretende-se que o agricultor consiga vender mais e a um preço mais justo, garantindo a viabilidade económica das suas explorações agrícolas e promovendo, caso se justifique o investimento em novos produtos escassos na região. 3.Massificação do uso das tecnologias por parte dos agricultores As novas tecnologias vieram para ficar e estão mudando radicalmente algumas áreas de negócio, justamente porque, eliminam barreiras e permitem atingir públicos que doutra forma seria impensável, além de acelerar os processos administrativos e burocráticos, o que promove o escoamento do produto previamente à sua pereça. A plataforma “AGROMARKET” ambiciona ser uma referência regional e nacional na área da economia partilhada, colocando a tecnologia ao serviço dos agricultores, dos compradores e do meio ambiente. 4. Promover a harmonia paisagística da Região Na Madeira a plantação é em socalcos, produzindo um efeito deslumbrante na paisagem, visível nas encostas abruptas das montanhas. Com este objetivo, pretende-se atingir um maior número de terrenos cultivados, proporcionando um enquadramento paisagístico mais harmonioso, sendo isto também um ponto a favor para o turismo.
Tipologia de resultados a atingir e potenciais beneficiários
A plataforma “AGROMARKET” foi idealizada, tendo como foco principal os agricultores que exercem a sua actividade na Região Autónoma da Madeira, que, como sabemos é constituída basicamente por minifúndios. Não existe tradição associativa nesta área, fazendo com que o comércio e a venda dos produtos agrícolas cultivados sofram uma dificuldade acrescida. É preciso ter em conta que 65% do total da população da RAM com 15 ou mais anos não tem o ensino secundário. Por outro lado, e paradoxalmente, de acordo com os dados do Retrato da Madeira, cuja responsabilidade foi da PORDATA e da Fundação Francisco Manuel dos Santos, 68% das famílias Madeirenses têm computador, 76% dos indivíduos com 16 ou mais anos, utilizam a Internet e, 94% das famílias usam telemóvel. Em face destes números, entendemos que não teremos qualquer dificuldade em formar os agricultores na plataforma “AGROMARKET” os quais, serão os seus principais utilizadores, para além dos compradores, aqui se incluindo pessoas singulares e coletivas. Os resultados a atingir passam pelos objetivos visados, sendo que o maior foco fica sempre em: 1 – Maior venda e rentabilidade de produtos agrícolas, sem desperdícios; 2 – Melhor relação da oferta e procura; 3 – Promover a economia no mercado interno; 4 – Incentiva os produtores à continuar a apostar na agricultura como meio de subsistência. 5 – Simplificar o processo de comunicação e distribuição, entre produtor e comprador.