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parceiro responsável pela parceriaINIAV - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P.
Designação da parceria+BDMIRA - Batata-doce competitiva e sustentável no Perímetro de Rega do Mira: técnicas culturais inovadoras e dinâmica organizacional
Iniciativa a desenvolverDesenvolvimento de tecnologias de produção de batata-doce com vista ao aumento da produtividade e qualidade das raízes, recorrendo à produção in vitro de plântulas de viveiro e a Boas Práticas Agrícolas.
Parceiros
Prioridade TemáticaMelhoria da gestão dos sistemas agroflorestrais
Domínios
NUTS IContinente
Identificação do problema ou oportunidade"A batata-doce (Ipomoea batatas L), originária da América Central e Sul, é rica em β-caroteno, vitaminas A e C, açúcares com baixos índices glicémicos, fibras e antioxidantes.
Em Portugal, a produção tem vindo a aumentar: de cerca de 19000t, na última década para 22000t, em 2013. Também as exportações passaram de 188t em 2012 para 815t em 2013, principalmente para a Europa do Norte. As importações diminuíram de 1016t em 2012 para 403t em 2013.
A área de produção (±1000ha) distribui-se pelo Ribatejo, Estremadura, Alentejo e Algarve; cerca de 80% é abrangida pelo Perímetro de Rega do Mira (PRM).
Desde 2009 que a ‘Batata-doce de Aljezur’ é uma IGP. A variedade Lira, com forte tradição local, tem produção circunscrita ao concelho de Aljezur, às freguesias de S. Teotónio, S. Salvador, Zambujeira do Mar, Longueira–Almograve e ao concelho de Vila Nova de Milfontes.
A cultura no PRM está a passar por uma situação de declínio com baixas produções e problemas fitossanitários (vírus, fungos, insetos…), de fertilização e de rega, com redução do rendimento. A multiplicação a partir de estacas da cultura do ano anterior e a falta de um controlo eficaz dos principais vetores de vírus (afídeos e moscas-brancas) podem perpetuar a incidência de vírus e afetar drasticamente a produção e a qualidade das raízes. A alternativa é a importação de material de viveiro de variedades concorrentes da Lira, com pagamento de royalties, sem garantia de passaporte fitossanitário, com o risco da introdução no país de organismos nocivos. A multiplicação de material nacional, em laboratórios e viveiristas fora de Portugal, faz aumentar o risco da ‘Lira’ ser patenteada como variedade estrangeira.
À produção nacional falta viveiristas nacionais que disponibilizem plantas sãs. A falta de: normas de produção integrada; demonstração do valor acrescentado da utilização de plantas sãs; e produção segundo as Boas Práticas Agrícolas são entrave ao aumento da produtividade e rendimento dos produtores.
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Objetivos visados "Por solicitação da produção foram auscultados parceiros e tendo em atenção as necessidades e o conhecimento instalado no INIAV e na ESA/IPS, aliado ao facto de em Portugal não terem ainda sido desenvolvidos projetos nesta temática, propõe-se atingir os 3 objetivos gerais:
1-Fornecer à fileira outputs que fomentem o aumento da produtividade e qualidade das raízes no PRM
2-Desenvolver metodologias inovadoras de multiplicação (in vitro e em estufa) de material de propagação de elevada qualidade (isento de vírus e outras doenças), para transferência para a atividade viveirista
3-Desenvolver metodologias de produção sustentável de raízesl para transferência para os produtores
Estes propósitos serão atingidos através de objetivos específicos:
-Melhorar a produção de raízes de qualidade, pelo desenvolvimento e introdução de métodos de propagação vegetativa inexistentes no país, em particular da ‘Lira’, isenta de vírus e outras doenças
-Para manter a cultura protegida, avaliar o impacte de organismos nocivos e auxiliares e infestantes na produção e no estado fitossanitário da cultura e propor meios de proteção, em PRODI
-Delinear planos de fertilização e de rega adequados ao tipo de solo e modos de produção
-Avaliar a produtividade da cultura nos diferentes modos de produção e a qualidade das raízes à colheita e após conservação, por métodos expeditos
-Aumentar o tempo de conservação das raízes, no pós-colheita, com metodologias alternativas
-Demonstrar, através de contas de cultura dos diferentes sistemas de produção, a mais-valia da utilização de plantas sãs e produzidas em modos de produção sustentável
-Contribuir para a melhoria das Normas de Produção Integrada de batata-doce
-Promover visitas técnicas e dias-abertos a ensaios de produção de plantas isentas de vírus com itinerários técnicos apurados por inquéritos aos agricultores, e apresentação de um produto final de valor acrescentado
-Divulgar informação técnica sobre produção sustentável e inovadora de batata-doce
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Tipologia de resultados a atingir e potenciais beneficiários"Com o desenvolvimento deste Grupo Operacional pretende-se:
- Apresentar um produto final (raiz) da variedade Lira de maior qualidade;
- Incrementar a competitividade a nível nacional e internacional dos produtores de batata-doce, através da adoção de uma nova dinâmica organizacional;
- Transferir metodologias capazes de aumentar entre 50 a 75% a produtividade de batata-doce de qualidade no Perímetro de Rega do Mira, com uma elevada vertente de exportação;
- Dinamizar a criação da atividade viveirista para batata-doce no país, através da transferência de uma inovadora tecnologia de propagação vegetativa de batata-doce isenta de vírus e outras doenças, da variedade Lira, que pode ser adaptada para a multiplicação de outras variedades;
- Desenvolver tecnologias tipificadas de produção sustentável de batata-doce em PRODI e em MPB;
- Identificar a utilização das metodologias mais adequadas de conservação pós-colheita que permitam aumentar o período de conservação de raízes de batata-doce de qualidade;
- Demonstrar, através de contas de cultura, que o produtor pode escolher criteriosamente a tecnologia de produção mais aconselhada a cada situação (edafoclimática e modo de produção) e reconhecer a mais-valia que obterá com a sua adoção, assim como os fatores de produção a utilizar;
- Contribuir para a publicação das Normas de Produção Integrada de Batata-doce e publicar um Guia Prático de Batata-doce em PRODI e em MPB. O guia engloba a produção do material vegetativo no viveiro, a produção em campo e a conservação de raízes, além da vertente económica da cultura.
Na prática, pretende-se que a tecnologia clássica de propagação de plantas por estacaria caulinar de plantas do ano anterior, seja substituída por uma nova tecnologia inovadora, com plantas em vaso, isentas de vírus e outras doenças, com benefícios para a proteção dos propágulos de agentes contaminantes (vírus, bactérias, etc.), assim como o recurso a tecnologias de produção (fertilização, rega, proteção de plantas, etc.) melhor adaptadas a cada situação edafoclimática e modo de produção. Com a utilização destas novas tecnologias, prevê-se um aumento da produtividade de raízes de boa qualidade entre 50 a 75% e, consequentemente, um abaixamento dos custos de produção.
Embora os projetos sejam desenvolvidos na região do Perímetro de Rega do Mira e com a variedade Lira, por ser uma variedade com uma Indicação Geográfica Protegida e por isso mais valorizada, grande parte dos outputs podem ser implementados noutras regiões, como por exemplo na Comporta, no Oeste e no Ribatejo, e para outras variedades de batata-doce, o que faz aumentar o número de stakeholders.
Os principais beneficiários deste Grupo Operacional serão os parceiros-chave, os multiplicadores/viveiristas de plantas, os produtores de batata-doce e respetivas associações, a indústria alimentar, as empresas, os consumidores e as instituições de investigação.
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InterlocutorMaria Elvira Ferreira
MoradaINIAV/UEIS-SAFSV , Avenida da República, Quinta do Marquês
LocalidadeOeiras
Código postal2780 - 157
Telefone214403500
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