HALLOWEEN2020 – Desenvolvimento da cultura da abóbora em Portugal
Iniciativa a desenvolver
Fitotecnia e pós-colheita para suportar o crescimento da cultura da abóbora e sua valorização nos mercados externos de forma compatível com a intensificação sustentável.
Parceiros
Prioridade Temática
Melhoria da integração nos mercados
Domínios
NUTS I
Continente
Identificação do problema ou oportunidade
A abóbora (diversas formas hortícolas de Cucurbita pepo e de C. moschata) passou nos últimos 10 anos de uma cultura “menor”, produzida em pequenas áreas, para uma das principais culturas hortícolas de ar livre em Portugal. O crescimento da exportação e o aumento do interesse no mercado interno, o aumento do consumo associado à diversificação dos tipos hortícolas, nomeadamente com a introdução das abóboras do tipo “butternut” depara-se agora com limitações importantes ao nível do conhecimento. A região Oeste é a principal região produtora de abóbora para o mercado nacional e internacional com 1500 ha e cerca de 45 000 t anuais. Apesar das áreas crescentes existem ineficiências claramente identificadas. Embora a cultura em regadio tenha aumentado bastante nos últimos anos, a rega é ainda efetuada como complemento do cultivo em sequeiro. As práticas de fertilização também são heterogéneas, mas nos últimos anos têm aumentado o número de fertilizações de cobertura veiculadas por rega. O conhecimento rigoroso das necessidades hídricas da cultura, assim como das necessidades nutricionais ao longo do ciclo da cultura para as principais cultivares e para as condições edafoclimáticas do Oeste são áreas do conhecimento fundamentais para melhorar a viabilidade socioeconómica e ambiental desta cultura. No entanto, o principal problema atual com a cultura da abóbora são as práticas de armazenamento. Estima-se que até 65% da produção é perdida durante o período pós-colheita o que, para além da grave ineficiência e destruição de valor, coloca em risco o mercado e o potencial de exportação. Estes valores de perdas elevados concentra-se no final no período de comercialização, entre março e maio, com elevadas consequências económicas e ambientais. A este problema corresponde uma oportunidade: libertar valor através da redução das perdas pós-colheita e melhoria da fitotecnia da cultura. É indispensável e urgente elevar o estado de conhecimento fitotécnico e de pós-colheita sobre a cultura da abóbora a um nível correspondente à sua importância e potencial de mercado. A produção e aplicação de conhecimento de apoio a esta cultura não está a acompanhar os estímulos de mercado.
Objetivos visados
Os OBJETIVOS GERAIS do grupo operacional HALLOWEEN são: 1. Produzir e transferir conhecimento sobre a cultura de abóbora na região Oeste e permitir às empresas produtoras e comercializadoras gerar valor ao longo da cadeia de abastecimento; 2. Reforçar a competitividade da fileira da horticultura, através da redução das perdas pós-colheita e da melhoria da fitotecnia da abóbora;
São OBJETIVOS ESPECÍFICOS deste grupo operacional: 1. Conceber e disseminar recomendações de armazenamento para prolongar o período de comercialização e reduzir as perdas pós-colheita da abóbora, nomeadamente através do projeto de armazéns que otimizem a relação custo-benefício; 2. Conhecer as necessidades hídricas dos principais tipos hortícolas de abóbora, nas condições edafoclimáticas do Oeste ao longo do ciclo cultural e validar os coeficientes culturais para otimizar a rega da cultura; 3. Determinar as exportações da cultura e as necessidades nutricionais ao longo do ciclo da cultura para melhorar as práticas de fertilização.
Tipologia de resultados a atingir e potenciais beneficiários
O principal resultado desta iniciativa será o desenvolvimento da fitotecnia da abóbora, sobretudo nos que diz respeito à rega e à fertilização, e melhoria da qualidade de abóbora durante o armazenamento pós-colheita, minimizando as perdas associadas a danos pelo frio. Este resultado terá um impacto imediato nos níveis de emprego estável nas centrais e na redução do impacto dos custos fixos na unidade de produto. O suporte à competitividade da fileira resultará de: 1. Recomendações sobre as condições de armazenamento para abóbora visando a redução das perdas para valores inferiores a 7% durante todo o período de comercialização; 2. Disponibilização de projeto de novo armazém com melhor relação custo-benefício para manter as perdas baixas durante todo o período de comercialização e sua disseminação; 3. Fact sheets relativas aos coeficientes técnicos que permitem o aumento da produtividade da cultura de abóbora; 4. Fact sheets de gestão de recursos (água e fertilizantes) com vista ao aumento da produtividade e qualidade do tomate produzido em estufa em função das cultivares; 5. Suporte técnico ao crescimento da procura e às possibilidades de exportação da abóbora.
Potenciais beneficiários: 1. Organizações de produtores, agricultores e operadores da cultura de abóbora; 2. Consumidores de abóbora em Portugal e no estrangeiro; 3. A economia regional e nacional, através das externalidades positivas resultantes do impacto do projeto.