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Valorização do pastoreio extensivo como forma de adaptação e resiliência às alterações climáticas em áreas de montanha (ID: 101 )
Coordenador: IPB - Instituto Politécnico de Bragança
Iniciativa emblemática: 4. Adaptação às alterações climáticas
Data de Aprovação: 2021-11-08 Duração da iniciativa: 2025-09-30
NUTS II: Norte NUTS III: Terras de Trás-os-Montes
Identificação do problema ou oportunidade
1- Promover
a conservação e valorização de produtos dos recursos genéticos animais e
vegetais
2- Gestão
da vegetação e monitorização do pastoreio extensivo de pequenos ruminantes de
raças autóctones na gestão da vegetação para a valorização dos serviços de
ecossistema
3- Promover
ações de capacitação e sensibilização das populações rurais para a adoção de
boas práticas no contexto das alterações climáticas
Responsabilidades:
1- Coordenação:
A cargo do IPB para o que contará com a colaboração do Laboratório Colaborativo
MORE e do Centro de Inovação de Mirandela
2- Seleção
de produtores e territórios alvo de estudo e intervenção, que estará a cargo
das Associações em colaboração com o IPB e do Centro de Inovação de Mirandela e
o Centro de Competências da Lã representado pela ADPM - Associação de Defesa do
Património de Mértola. No futuro será agregado o Centro de Competências do Pastoreio
Extensivo que se encontra em processo de reconhecimento.
3- Execução
das tarefas correspondentes à área temática 1 a cargo do IPB, que contará com a
colaboração do CTC de Ourense- Espanha. Nestas tarefas integram-se ainda as
Associações de Produtores e Criadores de raças autóctones e a empresa de
transformação e processamento de carnes Bísaro Salsicharia. Também contará com
a participação de empresas de criadores de gado bovino, ovino, caprino e suíno.
Por forma a conhecer as relações entre o alimento, o animal e o homem, numa
perspetiva de utilização do pastoreio extensivo como forma de adaptação e
resiliência às alterações climáticas e de valorização da atividade pecuária de
montanha pela qualidade física, química e sensorial dos produtos com marcas DOP
e IGP e estudando alternativas para aumentar valor a carnes de animais de pesos
de carcaça mais elevados, com menor aceitação pelo consumidor e
consequentemente reduzido valor comercial, através da criação de novos produtos
cárneos transformados e processados com baixo conteúdo de sal e perfil
nutricional melhorado numa perspetiva de produtos cárneos mais saudáveis,
identificando a possibilidade de propor a criação de algumas especialidades
tradicionais garantidas (ETG).
4- Execução
das tarefas correspondentes à área temática 2, estará a cargo do IPB e da UTAD
e que contará com a colaboração da empresa DOMODIS e das Associações de
Produtores e Criadores de raças autóctones.
Serão avaliadas as rotas e rotinas dos rebanhos para descrever com
precisão a frequência com que percorrem a terra e utilizam a vegetação,
trata-se de perceber o resultado efetivo do pastoreio dos espaços que utilizam
e conceber uma ferramenta de monetizar o serviço;
5- Execução
das tarefas correspondentes à área temática 3 será coordenada pelo Centro de
Competências do Pastoreio Extensivo e contará com a participação de todos os parceiros.
As estratégias de resposta às alterações climáticas e de desenvolvimento
sustentável são altamente interativas, tornando os objetivos do desenvolvimento
sustentável mais difíceis de alcançar para muitos sistemas/populações local. Os
territórios de baixa densidade, os governos locais, empresas e famílias têm
capacidades relativamente limitadas de resposta devido ao baixo rendimento,
educação, saúde, segurança, poder político, ou acesso à tecnologia. Neste
sentido, serão implementadas ações de capacitação que promovam boas práticas
face às alterações climáticas, e potenciem a melhoria do bem-estar social e
económico.
6- Divulgação
e transferência de conhecimento, será coordenada pelo Centro de Inovação do
Valongo da DRATM e pelo Laboratório Colaborativo MORE e contará com a
participação de todos os parceiros.
Breve resumo da iniciativa a desenvolver
A pastorícia
extensiva é uma atividade sistémica das paisagens de montanha da região
mediterrânica. Pese embora os desafios que vem enfrentando, são ainda cerca de
cem mil as cabeças de bovinos, caprinos e ovinos de raças autóctones que diariamente
pastam a paisagem do Nordeste de Portugal, aproveitando a vegetação espontânea e
subprodutos da agricultura, prestando serviços ambientais de elevado valor, seja
produzindo alimentos de alta qualidade ricos em proteínas, seja reduzindo o
risco de incêndio, reciclando matéria orgânica, ou contribuindo para a
identidade e o sentido de pertença das comunidades locais. Esta iniciativa visa
reforçar a pastorícia extensiva mediante a valorização dos produtos da sua
fileira, e a remuneração dos seus serviços ambientais, inestimáveis no contexto
das alterações climáticas. Com a consolidação da atividade produtiva e o
reforço da resiliência da paisagem rural, ficam criadas as condições para a
fixação de populações num espaço rural com atratividade, rendimento, e
dignidade social. A viabilização da remuneração dos serviços ambientais
prestados pela pastorícia extensiva requer ferramentas de confiança que
permitam uma avaliação fidedigna para o justo pagamento dos mesmos. O avanço
tecnológico, com a redução nos preços de equipamentos de monitorização e o
recurso à inteligência artificial e Internet das Coisas (IoT) abre um universo
de oportunidades de reporte com precisão e de forma fiável que deve agora ser
utilizado na avaliação da pastorícia extensiva. Também o empoderamento social,
especialmente de jovens com ligações ao territórios rurais e capacitação de
jovens de origem urbana poderão facilitar a inversão dos movimentos
demográficos rural-urbano, principalmente através da produção de produtos de
qualidade diferenciada, da inovação e criação de novos produtos, que podem ser
protegidos por marcas como Denominação de Origem Protegida (DOP), Indicação
Geográfica Protegida (IGP) ou Especialidade Tradicional Garantida (ETG), numa
perspetiva de economia circular (espécies aproveitadoras de coberto vegetal e
de recursos forrageiros que não seriam aproveitados de
uma outra forma, eliminando através do pastoreio extensivo uma das causas mais
frequentes dos incêndios florestais, produzindo ao mesmo tempo produtos de uma qualidade
diferenciada, identificados com o local de produção, que fazem parte de uma
gastronomia regional de reconhecido valor, gerando um rendimento de grande
interesse para uma agricultura familiar característica das áreas de montanha
Áreas de Trabalho e responsabilidades de cada parceiro
1- Áreas de Trabalho:
1- Promover
a conservação e valorização de produtos dos recursos genéticos animais e
vegetais
2- Gestão
da vegetação e monitorização do pastoreio extensivo de pequenos ruminantes de
raças autóctones na gestão da vegetação para a valorização dos serviços de
ecossistema
3- Promover
ações de capacitação e sensibilização das populações rurais para a adoção de
boas práticas no contexto das alterações climáticas
Áreas de Trabalho:
1- Promover
a conservação e valorização de produtos dos recursos genéticos animais e
vegetais
2- Gestão
da vegetação e monitorização do pastoreio extensivo de pequenos ruminantes de
raças autóctones na gestão da vegetação para a valorização dos serviços de
ecossistema
3- Promover
ações de capacitação e sensibilização das populações rurais para a adoção de
boas práticas no contexto das alterações climáticas
Responsabilidades:
1- Coordenação:
A cargo do IPB para o que contará com a colaboração do Laboratório Colaborativo
MORE e do Centro de Inovação de Mirandela
2- Seleção
de produtores e territórios alvo de estudo e intervenção, que estará a cargo
das Associações em colaboração com o IPB e do Centro de Inovação de Mirandela e
o Centro de Competências da Lã representado pela ADPM - Associação de Defesa do
Património de Mértola. No futuro será agregado o Centro de Competências do Pastoreio
Extensivo que se encontra em processo de reconhecimento.
3- Execução
das tarefas correspondentes à área temática 1 a cargo do IPB, que contará com a
colaboração do CTC de Ourense- Espanha. Nestas tarefas integram-se ainda as
Associações de Produtores e Criadores de raças autóctones e a empresa de
transformação e processamento de carnes Bísaro Salsicharia. Também contará com
a participação de empresas de criadores de gado bovino, ovino, caprino e suíno.
Por forma a conhecer as relações entre o alimento, o animal e o homem, numa
perspetiva de utilização do pastoreio extensivo como forma de adaptação e
resiliência às alterações climáticas e de valorização da atividade pecuária de
montanha pela qualidade física, química e sensorial dos produtos com marcas DOP
e IGP e estudando alternativas para aumentar valor a carnes de animais de pesos
de carcaça mais elevados, com menor aceitação pelo consumidor e
consequentemente reduzido valor comercial, através da criação de novos produtos
cárneos transformados e processados com baixo conteúdo de sal e perfil
nutricional melhorado numa perspetiva de produtos cárneos mais saudáveis,
identificando a possibilidade de propor a criação de algumas especialidades
tradicionais garantidas (ETG).
4- Execução
das tarefas correspondentes à área temática 2, estará a cargo do IPB e da UTAD
e que contará com a colaboração da empresa DOMODIS e das Associações de
Produtores e Criadores de raças autóctones.
Serão avaliadas as rotas e rotinas dos rebanhos para descrever com
precisão a frequência com que percorrem a terra e utilizam a vegetação,
trata-se de perceber o resultado efetivo do pastoreio dos espaços que utilizam
e conceber uma ferramenta de monetizar o serviço;
5- Execução
das tarefas correspondentes à área temática 3 será coordenada pelo Centro de
Competências do Pastoreio Extensivo e contará com a participação de todos os parceiros.
As estratégias de resposta às alterações climáticas e de desenvolvimento
sustentável são altamente interativas, tornando os objetivos do desenvolvimento
sustentável mais difíceis de alcançar para muitos sistemas/populações local. Os
territórios de baixa densidade, os governos locais, empresas e famílias têm
capacidades relativamente limitadas de resposta devido ao baixo rendimento,
educação, saúde, segurança, poder político, ou acesso à tecnologia. Neste
sentido, serão implementadas ações de capacitação que promovam boas práticas
face às alterações climáticas, e potenciem a melhoria do bem-estar social e
económico.
6- Divulgação
e transferência de conhecimento, será coordenada pelo Centro de Inovação do
Valongo da DRATM e pelo Laboratório Colaborativo MORE e contará com a
participação de todos os parceiros.
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