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Inovação e Valorização do Figo da Índia Português (ID: 136 )
Coordenador: APROFIP/OPUNTIAS PORTUGAL - Associação de Produtores de Figo da India Portugueses
Iniciativa emblemática: 4. Adaptação às alterações climáticas
Data de Aprovação: 2021-11-15 Duração da iniciativa: 2025-09-30
NUTS II: Algarve NUTS III:
Identificação do problema ou oportunidade
As mudanças
climáticas causadas por ações antrópicas, obrigam a pensar em novas culturas,
com potencial para enfrentar estas alterações que afetam profundamente os
ecossistemas. A procura de culturas
capazes de resistir a estes câmbios e a mudança na forma de fazer agricultura,
são consequência direta do impacto que as mesmas têm e terão no futuro. Opuntia
ficus-índica (L.) Mill. é uma espécie que se posiciona como uma cultura
estratégica para cultivo no semiárido, principalmente por sua expressiva
capacidade adaptativa, por meio da ativação de mecanismos de defesa contra
variações bruscas de temperatura, concentração de CO2 atmosférica, radiação
fotossintética ativa e disponibilidade de água no solo. Apresenta alto
potencial para biorremediação de efluentes atingindo aproximadamente 82,71 %
dos contaminantes da água (Ferraz, RL et. al., 2017).
Cerca de 1/3 do
território português corre risco de desertificação, num cenário de alterações
climáticas. Trata-se de uma cultura que tem grandes oportunidades só por si,
como alternativa às culturas tradicionais, claramente adequada às alterações
climáticas, nas características da própria planta que encerra em si essa mesma
capacidade.
Problema
que urge desenvolver é a reconversão por uma cultura mais sustentável e que
mitigue as carências das populações que habitam essas regiões.
A produção
relacionada com a fileira da figueira-da-índia deverá ser encarada de modo
abrangente, no sentido de valorizar ao máximo todo o potencial da planta. Tendo
em conta que uma parte significativa da fruta produzida, aproximadamente 70% não
é facilmente comercializável pelo facto de apresentar baixo calibre ou outros
defeitos que inviabilizam a sua comercialização, importa encontrar soluções que
permitam o escoamento desta fruta através de processos de transformação inovadores
que permitam a obtenção de produtos de valor acrescentado. Existem algumas
soluções, nomeadamente em países com grandes produções e tradição na cultura da
figueira-da-índia, mas, no caso português, são poucas as soluções que se têm
encontrado para resolver este problema, sobretudo pela dificuldade que subsiste
relativamente à definição de soluções/produtos que sejam economicamente
viáveis.
Breve resumo da iniciativa a desenvolver
Esta
parceria entre a associação de produtores, centro de competências, universidades
e indústria transformadora, irá abordar as opções disponíveis para o desenvolvimento
da fileira com processos inovadores e concertados para a obtenção do incremento
do valor dos seus produtos.
O aproveitamento
integral da espécie passa pela utilização do fruto e da palma, numa ótica de
economia circular, valorizando todos os resíduos produzidos nas diversas fases
da produção dos diversos produtos.
Procura de
processos eficientes relacionados com a recolha e armazenamento do produto
intermedio. Implementação de centros de recolha sistematizados com o objetivo de
centralizar a transformação dos produtos e armazenamento dos mesmos,
conseguindo assim identificar as práticas mais eficientes e com menos
desperdício.
São inúmeros os
desenvolvimentos que podem surgir a partir desta cultura, abrangendo produtos
alimentares diversos e bebidas, suplementos alimentares, produtos cosméticos e
Nutracéuticos, raciones alimentares para animais, novos materiais para a
construção e biorremediação, etc.
Este projeto será
um contributo a nível nacional uma vez que atualmente já existem produtores
espalhados por todo o território, com um forte potencial de crescimento de
ocupação dos solos e uma procura dos mercados internacionais.
Áreas de Trabalho e responsabilidades de cada parceiro
APROFIP
– Promotor
Terá
a seu cargo a coordenação e gestão dos parceiros envolvidos. Sendo da sua
responsabilidade o levantamento das necessidades junto dos produtores que em
conjunto com a investigação resultam em medidas eficientes e de boas praticas para
o armazenamento, fabrico e comercialização de produtos inovadores; Formação dos
produtores e divulgação de todo o conhecimento obtido de uma forma concertada.
ADPM, centro de competências, é a entidade
responsável pela Coordenação do CCRES e será responsável pela divulgação do
projeto e ações de formação
UNIVERSIDADE DO ALGARVE, contribuiu no
desenvolvimento de novos produtos, que se encaixem num mercado constituído por
consumidores cada vez mais conscientes e exigentes, onde a qualidade e a
sustentabilidade dos mesmos contribuam para a valorização desta fileira. Avaliação
de qualidade e caracterização integral dos mesmos, de modo a ir ao encontro dos
requisitos exigidos para poderem ser comercializados.
ESAC- Escola
superior agraria de Coimbra desenvolverá atividades relacionadas com a
avaliação do potencial para a valorização dos diversos produtos e subprodutos e
os seus processos de transformação e armazenamento.
HUNTER SPIRITS, empresa
que se dedica à transformação de matérias-primas agrícolas - frutas e cereais.
No nosso laboratório desenvolvemos vários produtos e pretendemos, com este
consórcio desenvolver produtos para serem comercializados, de forma eficiente e
sustentável e com base numa economia circular, nomeadamente produtos para
cosmética (linha daily and Home care), alimentação (conservas) e bebidas
(destilados e fermentados). Apoio na área de gestão e desenvolvimento de
produtos; responsável pela divulgação e formação; disponibilizamos também o
nosso conhecimento em gestão e organização empresarial para apoiar a APROFIP
com recursos complementares nas áreas indicadas.
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