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ADAPT_CENTRO - Capacitação do território para a gestão mais eficiente dos recursos, solo e água reduzindo a sua vulnerabilidade às alterações climáticas. (ID: 148 )
Coordenador: IPCB/ESA - Instituto Politécnico de Castelo Branco - Escola Superior Agrária
Iniciativa emblemática: 4. Adaptação às alterações climáticas
Data de Aprovação: 2021-11-16 Duração da iniciativa: 2025-12-31
NUTS II: Centro NUTS III: Beira Baixa
Identificação do problema ou oportunidade
O projeto ADAPT_CENTRO visa promover um setor agrícola e agroindustrial mais resiliente na região centro, dando resposta aos impactos das alterações climáticas. Aborda quatro problemas fundamentais para o futuro da região e do país: 1) a conservação e fertilidade do solo; 2) a gestão inteligente dos recursos hídricos; 3) o desenvolvimento e adoção de práticas e técnicas que reduzam a vulnerabilidade e exposição a riscos bióticos e abióticos; 4) a conservação, melhoramento e valorização dos recursos genéticos. O projeto pretende capacitar o território, promover a gestão mais eficiente dos seus recursos, do solo e da água, e implementar ações que contribuam para a sustentabilidade do setor agrícola e dos recursos, para o fornecimento de bens e serviços e para a redução da vulnerabilidade às alterações climáticas. Visa ainda consolidar e expandir a ligação sinérgica entre o tecido empresarial e o sistema científico e tecnológico em Portugal previsto na Agenda de Inovação para a Agricultura 2020-2030, dando o seu contributo para uma agricultura e uma agroindústria que protejam o ambiente, assegurem a sustentabilidade do solo, da água, da biodiversidade e dos recursos, e contribuam para a transição climática, alicerçada numa Rede de Inovação com a cobertura territorial da CIM RC, que permita estimular o desenvolvimento de um ecossistema suportado em inovação resultante da incorporação de conhecimento e tecnologia. Possibilite ainda a criação de melhores condições para o aumento do rendimento dos produtores, tornando a atividade agrícola e agroindustrial mais rentável, sustentável, atrativa e competitiva. O projeto está alinhado com a visão e estratégias da economia circular e integra uma visão holística do desenvolvimento sustentável no setor agrícola com repercussões muito positivas para o ambiente, o território e a sua população. Está alinhado com a Estratégia Nacional de inovação, com a estratégia Europeia para uma Bioeconomia Sustentável, que se materializa em iniciativas como o programa Horizonte Europa, e ainda na Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável da ONU, mais especificamente nos ODS ligados à “Produção e consumo sustentáveis”, “Ação climática” e à “Proteção da vida terrestre». O projeto ADAPT_CENTRO tem por base: 1) A perda de fertilidade do solo constitui um problema grave para os agricultores. Cada vez mais têm aumentado as práticas agrícolas inadequadas nomeadamente o uso excessivo de fertilizantes de base química, assim como a lavoura excessiva. Outras causas são o desmatamento, a má gestão de resíduos industriais, a expansão urbana, a insuficiente incorporação da matéria orgânica e do carbono nos solos para a conservação de nutrientes, e ainda os fatores naturais como as inundações e os incêndios que contribuem para o déficit da saúde do solo. 2) O uso de más práticas de irrigação e gestão de água. Agravamento do índice de escassez hídrica em determinadas regiões do país. A redução da área irrigável nas últimas décadas, não obstante nos últimos anos houve um aumento dos investimentos em infraestruturas de rega mais eficientes e sustentáveis, e uma redução das áreas de regadios tradicionais, em zonas de minifúndio. 3) O desenvolvimento e adoção de práticas e técnicas que reduzam a vulnerabilidade e exposição a riscos bióticos e abióticos. 4) A conservação, melhoramento e valorização dos recursos genéticos endógenos.
Breve resumo da iniciativa a desenvolver
O ADAPT_CENTRO enquadra-se nas políticas nacionais e da União Europeia, nomeadamente na nova estratégia de economia circular, que abrange vários setores económicos e que visa tornar a economia mais competitiva e eficiente em termos de recursos, nas políticas para a qualidade dos solos com a redução da erosão e o aumento da matéria orgânica, e na proteção dos recursos hídricos que é uma das pedras angulares da proteção do ambiente na Europa. Atividades a desenvolver: 1. Diagnosticar e caraterizar os principais: tipos de solo existentes na região; os recursos hídricos disponíveis e as águas residuais com potencial de utilização; as culturas agrícolas mais relevantes, e os recursos genéticos de origem vegetal com maior potencial, identificando as suas principais vulnerabilidades e constrangimentos. 2. Elencar e apresentar um conjunto de: a. práticas agrícolas de conservação do solo e de melhoria da sua fertilidade; b. soluções para incrementar a capacidade de armazenamento, distribuição e gestão eficiente da água, em linha com o Programa Nacional de Regadios; e ainda na identificação de c. práticas e técnicas, a desenvolver e adotar, que reduzam a vulnerabilidade e exposição a riscos bióticos e abióticos; propor a instalação ou reconversão para culturas com espécies e variedades, melhor adaptadas às alterações climáticas; d. opções para promover a conservação, melhoramento e valorização dos recursos genéticos de origem vegetal 3. Criação de painéis consultivos temáticos, compostos por diversos stakeholders (agricultores, industriais, associações, entidades com poder de decisão politica e operacional), para aconselhar sobre as melhores práticas/soluções/opções elencadas na atividade anterior, passiveis de implementação em ensaios demonstradores. 4. Realização de ensaios piloto de campo ou laboratoriais com aplicação das práticas/soluções/opções selecionas para cada área temática. 5. Analise técnica e análise da viabilidade económica das soluções propostas e revisão dos resultados pelos respetivos painéis consultivos. 6. Promoção de ações de capacitação e sensibilização sobre a responsabilidade ambiental e para a adoção de boas práticas no contexto das alterações climáticas. 7. Disseminação dos resultados pelos diferentes stakeholders; nomeadamente agricultores, agroindústria, associações setoriais, pelos técnicos superiores das entidades com poder executivo e legislativo, pela comunidade científica e pela sociedade em geral.
Áreas de Trabalho e responsabilidades de cada parceiro
Atividades a desenvolver: 1. Diagnosticar e caraterizar os principais tipos de solo existentes na região com potencial para implantação de medronheiro como recursos genéticos vegetais endógenos a valorizar e a conservação de espécies de elevado potencial para a atividade apícola funcionando como um ecossistema integrado; identificar os recursos hídricos disponíveis e as águas residuais com potencial de utilização nesses locais com o objetivo de adaptar os recursos para limitar as suas principais vulnerabilidades e constrangimentos ao clima. 2. Elencar e apresentar um conjunto de: a. ráticas de conservação do solo e de melhoria da sua fertilidade; b. soluções para incrementar a capacidade de armazenamento, distribuição e gestão eficiente da água c. identificar práticas e técnicas que reduzam a vulnerabilidade e exposição a riscos bióticos e abióticos; propondo a instalação ou reconversão de espécies e variedades melhor adaptadas às alterações climáticas e que promovam a atividade apícola; d. opções para promover a conservação, melhoramento e valorização dos recursos genéticos de origem vegetal 3. Criação de painéis consultivos temáticos, compostos pelos parceiros deste projeto e por diversos stakeholders (agricultores, industriais, associações, entidades com poder de decisão política e operacional), para aconselhar sobre as melhores práticas/soluções/opções elencadas na atividade 2, passiveis de implementação em ensaios demonstradores. 4. Realização de ensaios piloto de campo em áreas de plantação de medronheiro, aplicando as práticas adequadas de conservação do solo, e de gestão eficiente da água identificadas na tarefa 2 e validadas na tarefa 3. Monitorizar os resultados por forma a avaliar qual a sua influência na produção de medronho e na apicultura. Realização de ensaios laboratoriais de análise às amostras recolhidas. 5. Análise técnica e económica das soluções propostas e testadas, e revisão dos resultados pelos respetivos painéis consultivos. 6. Promoção de ações de capacitação e sensibilização sobre a responsabilidade ambiental e para a adoção de boas práticas no contexto das alterações climáticas. 7. Disseminação dos resultados pelos diferentes stakeholders; nomeadamente agricultores, agroindústria, associações setoriais, pelos técnicos superiores das entidades com poder executivo e legislativo, pela comunidade científica e pela sociedade em geral.
Entidades
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A 1
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A 7
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Instituto
Politécnico de Castelo Branco
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Instituto
Politécnico de Coimbra
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Medronhalva,
Lda
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Comunidade
Intermunicipal da Região de Coimbra
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Município
de Vila Nova de Poiares – Entidade responsável pela gestão do Centro de
Competências da Caprinicultura
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LOUSAMEL
- Cooperativa Agrícola dos Apicultores da Lousã e Concelhos Limítrofes, CRL.
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- Coordenador do Projeto: Instituto Politécnico de Castelo BrancoAtividades a desenvolver e responsabilidades: O IPCB será responsável pela coordenação do projeto e pela articulação entre todos os parceiros, criando sinergias e promovendo a participação ativa de todas as entidades. Para além disto, o IPCB irá intervir diretamente nas ações relativas à investigação através dos seus docentes que irão contribuir de forma decisiva para os resultados do projeto. O IPCB terá um papel transversal em todas as tarefas do projeto. - Parceiro: Instituto Politécnico de CoimbraAtividades a desenvolver e responsabilidades: O IPC irá colaborar, tal como o IPCB em todas as atividades do projeto. O seu conhecimento e experiência na investigação sobre solos e sobre o medronheiro alavancará de forma determinante a implementação do projeto e a incorporação desse conhecimento científico. O IPC irá participar no projeto com o seu corpo docente especializado em questões relacionadas com a monitorização e melhoramento do solo, melhoramento genético (medronheiro) e gestão de cursos hídricos. - Parceiro: Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (por dificuldades detetadas na submissão da candidatura não foi possível inserir este parceiro, embora esta registado na RRN)Atividades a desenvolver e responsabilidades: A CIM Região de Coimbra irá promover a boa articulação entre os 19 municípios ao nível da NUTIII, de forma a facilitar a boa implementação do projeto na Região. A CIM RC terá um papel agregador dos municípios e de implementação das diferentes ações, facilitando a sua operacionalização, pelo que o seu papel será transversal a todas as tarefas do projeto. - PME: Medronhalva, LdaAtividades a desenvolver e responsabilidades: A Medronhalva irá facilitar a implementação das tarefas associadas ao melhoramento dos recursos genéticos e a realização de ensaios, dada a sua experiência nas áreas da agricultura biológica, a apicultura, a silvicultura, a pesca lúdica, o turismo, a eficiência e sustentabilidade ambiental, energética e a biodiversidade. Este parceiro é estratégico para o projeto, tendo em consideração o conhecimento alargado que detém das dinâmicas geográficas na região e das suas potencialidades naturais. - Centro de Competências: Município de Vila Nova de Poiares – Entidade responsável pela gestão do Centro de Competências da CapriniculturaAtividades a desenvolver e responsabilidades: Dada a sua implantação no território, o Centro de Competências da Caprinicultura irá contribuir de forma decisiva para a disseminação de resultados junto do seu público-alvo, bem como para a mobilização de intervenientes que apoiem a realização de ensaios em áreas sob a sua gestão e que visam práticas de conservação do solo e de melhoria da sua fertilidade. O centro de competências terá um papel fundamental na demonstração da importância humana e animal na gestão de algumas áreas do interior, de forma a promover a sua adaptação às alterações climáticas. - Associações: LOUSAMEL - Cooperativa Agrícola dos Apicultores da Lousã e Concelhos Limítrofes, CRL.Atividades a desenvolver e responsabilidades: Esta associação parceira no projeto irá facilitar a identificação de produtores de mel e a realização de ensaios para avaliação do impacto das práticas de adaptação às alterações climáticas testadas na apicultura. Intervém também em ações relativas à disseminação dos resultados pelos stakeholders, nomeadamente, os seus apicultores associados, sendo uma forma de promover a divulgação e disseminação de boas práticas junto dos utilizadores do território.
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