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ORIGO - cadeia de informação da origem ao consumidor (ID: 285 )
Coordenador: TerraConsultores, Lda.
Iniciativa emblemática: 1. Alimentação sustentável
Data de Aprovação: 2022-04-08 Duração da iniciativa: 2025-09-30
NUTS II: Região Autónoma dos Açores NUTS III: Região Autónoma dos Açores
Identificação do problema ou oportunidade
Os
Açores têm qualidades naturais para a produção vegetal e animal em todas as 9
ilhas do arquipélago com recurso a pequenas comunidades agrícolas, onde o
estímulo à produção local pode ser uma mais valia comercial para abastecimento
da ilha com mercados locais e circuitos curtos.
Os
consumidores são hoje mais exigentes do que no passado. Porém, nem sempre, vêm
respondidas as suas necessidades de informação, limitando-se, maioritariamente,
estas às obrigações legais, em particular, na identificação da composição
alimentar no rótulo. Importa informar e educar sobre o que se consome, para que
haja a consciência que os alimentos consumidos são seguros e a alimentação é
diversificada.
O
modo de produção biológico, de forma resumida, responde à procura por parte dos
consumidores de produtos sem pesticidas, adubos químicos ou OGM’s (Organismos
Geneticamente Modificados), e por esta via, nomeadamente, fornecerem bens
públicos que contribuem para a valorização e proteção do ambiente e o respeito
e bem-estar pelos animais, bem como para o desenvolvimento rural, cf Regulamento
(UE) 2018/848, e o modo de produção regenerativo, com potencial sequestrador de
carbono, possuem características que devem ser partilhadas com o consumidor.
Neste contexto, sabe-se que a globalização, industrialização da agricultura e da alimentação humana, podem ser vistos
como um problema, desde logo pelo impacto negativo à biodiversidade e à
qualidade da produção, porém, nas regiões ultraperiféricas, adita-se como
externalidade negativa, a emissão de gases efeito de estufa, resultante do
transporte marítimo e aéreo (únicos meios de transporte) que garantem elevados
níveis de importação de produtos agrícolas. Simultaneamente, as
agroecossistemas são afetados pelas alterações climáticas, que têm sido
aceleradas pela atividade humana.
Os Açores criaram o selo institucional Marca Açores, selo exibido em
diversas categorias de produtos e que cumprem critérios, nomeadamente, uma determinada
percentagem de incorporação de elementos oriundos dos Açores e que tem permitido
a exportação com mais valias económicas dos produtos açorianos com este selo,
podendo estas mais valias serem estimuladas. A oportunidade que existe face ao
problema de escassez de informação ao consumidor, permitirá inovar no modo e
conteúdo de informação relativa ao produto alimentar e que a ORIGO irá
alavancar com informação real da produção ao prato.
As circunstâncias da produção em pequenas comunidades agrícolas, com modos
de produção mais amigos do ambiente, a necessidade de informar e educar os consumidores
sobre os produtos consumidos (marca Açores e outros) e a mais valia comercial,
ética na produção e de segurança das cadeias curtas, este conjunto de variáveis
podem ser vistas pelos agricultores dos Açores como oportunidades face às
ameaças que apresentam o desconhecimento perante a origem, o modo de produção e
o ciclo de vida do produto, da produção ao consumidor, permitindo que compitam
de modo diferenciado nos grandes mercados.
Breve resumo da iniciativa a desenvolver
A ORIGO - cadeia de informação da origem ao consumidor - pretende que o
consumidor conheça os diferentes elementos do ciclo de vida de um produto
alimentar nas suas diferentes etapas (da produção ao consumidor), e cuja
informação produzida nessas etapas garanta transparência, confiança e segurança,
valorizando a ética pela responsabilidade de cada interveniente, a partir da rastreabilidade do produto.
Entre a produção e o consumo há uma distância que é
encurtada no momento de aquisição por parte do produtor. Esse momento deve ser
aproveitado para informar e formar.
Entre a produção e o consumo não há informação
acessível ao consumidor do modo de produção, das especificidades do local de
produção, dos inputs introduzidos, da biodiversidade que rodeia a exploração
agrícola, do tipo de logística entre a colheira e a prateleira ou as mãos do
consumidor, o que se verifica é a escassa informação que o consumidor possui do
produto que ingere. O modo de produção e todas as suas envolvências podem ser
uma oportunidade para a valorização comercial dos produtos e do território,
assim como para contribuir para uma alimentação saudável e segura. Para que estas
premissas sejam efetivamente uma oportunidade, o produtor deve ter conhecimento
sobre a mais valia da valorização do seu produto, que estará implicitamente conectada
ao modo de produção e os impactos na agroecossistema, o que se relaciona com os
benefícios de uma alimentação saudável, segura e amiga do ambiente para os
consumidores.
A ORIGO pretende aproximar a produção dos
consumidores, de estimular produções, transportes e transformações, com
práticas mais amigas do ambiente, ao identificar as evidências no processo,
fomentando a consciência ética por parte do produtor e do consumidor.
O plano de ação terá como principais objetivos:
1. Construir cadeia de informação digital
(plataforma baseada na tecnologia Blockchain) transparente, confiável e segura para
o produto;
2. Identificar pontos de evidência no ciclo de via do produto com informação
confiável, transparente e segura para o consumidor;
3. Proporcionar alterações no modo de produção para alimentos mais seguros e
sustentáveis
4.IInformar e educar produtores para modos agroecológicos e transmissão de
informação, como forma de valorizar comercialmente o produto, valorizar o
território e gerar confiança para com o consumidor;
5. Informar e educar produtores para a valorização de cadeias curtas e
mercados locais;
6. Informar e educar consumidores para a escolha de alimentos que promovam uma
alimentação saudável e sustentável;
7. Criar rede de informação de confiança e conhecimento entre produtores, consumidores
e comunidades.
Os parceiros associados à produção agrícola, ligação aos consumidores e
território são fundamentais para disseminar o conceito da ORIGO e o uso dos
recursos da cadeia digital, pelo que estão previstas atividades de
transferência de conhecimento e capacitação com os membros do consórcio. O
principal público-alvo são os agricultores e consumidores.
Áreas de Trabalho e responsabilidades de cada parceiro
Áreas de Trabalho e responsabilidades de cada parceiro
A iniciativa agrega a seguinte tipologia de
parceiros: 2 PME do setor; 2 Empresários em nome individual do setor; 1 PME
setor comunicação; 1 PME setor tecnológico; 1 PME setor tecnológico (IOT &
IOS) internacional; 1 PME setor logístico; 1 PME economia solidária; 1 grupo de
ação local; 1 instituição de ensino superior e 1 associação do setor.
TerraConsultores:
Gestão do projeto, definição e conceção do sistema de
informação (modelo global e conceção da plataforma tecnológica); Identificar,
definir e gestão de evidências em cada etapa da cadeia do sistema; Identificar,
definir e adquirir equipamentos para a fase de testes e implementação; Identificar
e definir o modelo de negócio, desenvolvimento da marca; Implementar rede de
comunicação entre produtores , consumidores e comunidade; Identificar
interessados agricultores e produtores ; criação de conteúdos para agricultores
e produtores; implementar o sistema no produtor e transferência de
conhecimentos.
André da Conceição Fonseca Marques Antunes
Análise das opções de modos de produção; Propostas na
produção para alimentos mais seguros e sustentáveis; construção de conteúdos e transferência de conhecimento
no âmbito da produção agroecológica e verificação ambiental dos ecossistemas.
Biozórica:
Identificar,
definir e adquirir equipamentos para a fase de testes e implementação;
identificar produtores e consumidores; transferência de conhecimentos e
organizar sessões de informações para produtores e consumidores.
Custom Projet:
Definição
e conceção do sistema de informação (modelo global e conceção da plataforma
tecnológica); Gestão do processo de adoção da tecnologia digital; Definição e
organização das atividades de logística; Identificar, definir e gestão de
evidências em cada etapa da cadeia do sistema; Identificar, definir e adquirir
equipamentos para a fase de testes e implementação; Identificar e definir o
modelo de negócio, desenvolvimento da marca; Identificar necessidades de
formação específicas dos agricultores, construção de conteúdos e transferência
de conhecimento no âmbito da literacia digital e implementação do sistema nos
produtores.
GRATER - Associação de
Desenvolvimento Regional
Identificar
interessados nas comunidades de território para a valorização económica e rural
e proporcionar a realização de sessões de informação.
Kairós: Cooperativa de Incubação de
Iniciativas de Economia Solidária
Identificar,
definir e adquirir equipamentos para a fase de testes e implementação;
identificar produtores e consumidores; transferência de conhecimentos e
organizar sessões de informações para produtores e consumidores.
Manuel Die Dean
Propostas na produção para alimentos mais seguros e
sustentáveis; Construção de conteúdos e
transferência de conhecimento no âmbito da produção agroecológica e verificação
ambiental dos ecossistemas.
Matizes e Segmentos:
Identificar,
definir e gerir o modelo de comunicação; identificar e definir o modelo de
negócio, desenvolvimento da marca; Implementar rede de comunicação entre produtores ,
consumidores e comunidade; identificar
produtores e consumidores; transferência de conhecimentos e organizar sessões
de informações para produtores e consumidores.
Terra Verde - Associação de Produtores
Agrícolas dos Açores
Identificar,
definir e adquirir equipamentos para a fase de testes e implementação;
identificar produtores; transferência de conhecimentos e organizar sessões de
informações para produtores.
Tetrapi, Creative:
Definição
e conceção do sistema de informação (modelo global e conceção da plataforma
tecnológica); identificar, definir e adquirir equipamentos para a fase de
testes e implementação; Criar suporte para redes de comunicação; identificar e
definir o modelo de negócio, desenvolvimento da marca e implementar o sistema
no produtor.
Trisolaris:
Definição
e conceção do sistema de informação (modelo global e conceção da plataforma
tecnológica, robótica e sensoring); Gestão do processo de adopção da tecnologia
digital; Identificar, definir e gestão de evidências em cada etapa da cadeia do
sistema; Identificar, definir e adquirir equipamentos para a fase de testes e
implementação; Identificar e definir o modelo de negócio, desenvolvimento da
marca; Construção de conteúdos em literacia informática dirigida para
agricultores; implementar o sistema no produtor e transferência de
conhecimentos
Universidade dos Açores – Instituto de
Investigação e Tecnologias Agrárias e do Ambiente (IITAA)
Acompanhamento
científico do projeto (produção agrícola e vegetal); identificar e definir
evidências em cada etapa da cadeia do sistema e Gestão das evidências na
ligação entre cada etapa da cadeia do sistema.
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