Bolsa de Iniciativas PRR

 

Competitividade e resiliência da Agricultura Biológica para a Sustentabilidade económica e alimentar. (Unidade mínima de produção) (ID: 292 )
Coordenador: AGROBIO – Associação Portuguesa de Agricultura Biológica
Iniciativa emblemática: 1. Alimentação sustentável
Data de Aprovação: 2022-04-04 Duração da iniciativa: 2025-09-30
NUTS II: Centro NUTS III: Região de Coimbra
 
Identificação do problema ou oportunidade

Estamos perante o desafio de contrariar a tendência crescente de abandono das zonas rurais vulneráveis. O ciclo é conhecido. Numa primeira fase assistimos ao abandono das aldeias por parte dos jovens, depois ao envelhecimento da população, ao abandono da agricultura, à dependência dos apoios sociais e por fim ao aparecimento de “aldeias fantasma” que em breve não serão mais do que ruínas.

Não existe, portanto, capacidade de atração destes territórios para as populações, sobretudo as mais jovens. Estes territórios não estão a conseguir oferecer sustentabilidade alimentar, nem económica, nem social. Este é um problema das populações rurais nas zonas vulneráveis de cariz agrícola.

Este é um problema que terá de ser encarado como uma oportunidade para os jovens casais que pretendem instalar a sua exploração agrícola, sem que isso represente uma vida cheia de dificuldades e que, como temos visto vezes demais, apenas dura alguns anos, dadas as dificuldades e a falta de apoio que encontram. Acabando os jovens por desistir do grande sonho que tiveram um dia quando decidiram ir para esses territórios.

É necessário encontrar o modelo de exploração agrícola que ofereça garantias mínimas de sustentabilidade alimentar e económica e que possa apoiar a tomada de decisão dos jovens que pretendem deixar a vida urbana e estabelecer-se nestes territórios vulneráveis.

 
Breve resumo da iniciativa a desenvolver

O projeto consiste em determinar um modelo unitário de autossustentabilidade Alimentar e Económica.

Este estudo apoiado na investigação experimental e na inovação visa desenvolver um modelo unitário de produção sustentável, capaz de atrair os jovens, casais de preferência, para os territórios vulneráveis. E, deste modo fomentar a produção biológica de produtos locais, sempre que possível, que possam servir de base para uma alimentação mediterrânica e biológica.

Esta produção visa não só criar condições mínimas de sustentabilidade alimentar e económica dos agricultores, com base nos produtos endógenos certificados, como promover a alimentação saudável e sustentável das populações locais e a consciência ambiental, através da prática da Agricultura Biológica e do combate ao desperdício alimentar.

Pretende-se dar resposta a uma questão que se tem revelado cada vez mais presente e que é a seguinte: Qual a dimensão mínima de uma exploração biológica e quais as culturas que devem ser produzidas para que possa que se possa gerar sustentabilidade alimentar e económica para uma família?

Pois o projeto visa dar resposta a esta questão para que os jovens possam, com alguma garantia, sentir-se atraídos pelo mundo rural e pela agricultura biológica em especial, sem que para isso tenham de abdicar de condições mínimas de sustentabilidade alimentar, económica e até social.

Queremos criar as garantias para que possamos ter, nos territórios vulneráveis, famílias de agricultores saudáveis, atraídas por uma agricultura mais inclusiva, igualitária, integrada e que potencie a participação ativa das mulheres.

Para além da produção, este modelo contempla também a organização da comercialização, através de circuitos curtos, e da constituição de Agrupamentos de Produtores Multiprodutos com capacidade para alcançar mercados mais compensadores.

Em resumo, o modelo visa o desenvolvimento de um ecossistema suportado em inovação resultante da incorporação de conhecimento e tecnologia que, para além da sustentabilidade assenta numa agricultura biológica sustentável, resiliente, amiga do ambiente, potenciadora da fertilidade do solo e da biodiversidade, não poluidora dos recursos hídricos, que contribui para a transição climática e que irá trazer jovens para estes territórios que, de outra forma, correm o risco da desertificação demográfica.

 
Áreas de Trabalho e responsabilidades de cada parceiro
Temática Parceiros
Organização e Gestão da parceria AGROBIO
Levantamento e Análise dos sistemas produtivos existentes AGROBIO / CCBIO / ESAC / DRAPC 
Definição dos parâmetros tecnicos (laboratoriais) e económicos a analisar AGROBIO / CCBIO / ESAC / DRAPC 
Definição do plano experimental AGROBIO / CCBIO / ESAC / DRAPC / Ana Leão Rafael, Lda
Instalação de Pólos de inovação AGROBIO / CCBIO / ESAC / DRAPC 
Realização de Práticas experimentais AGROBIO /  Quinta do Montalto / Quinta do Montalto II / António Marques da Cruz Unipessoal / Cucumbi / Maria de Fátima Praça Torres / Eco Serra - Agricultura Biológica e Serviços, Lda / Braga Pestana / Da Cruz e Teles / José Carlos Inácio / Alberto Gomes Rebelo / PROMESSA RÚSTICA,UNIPESSOAL,LDA
Análise dos resultados obtidos AGROBIO / CCBIO / ESAC / DRAPC / Ana Leão Rafael, Lda
Validação dos resultados AGROBIO / CCBIO / ESAC / DRAPC / Ana Leão Rafael, Lda
Plano de comunicação e de capacitação técnica a desenvolver, com a valorização e difusão do conhecimento AGROBIO / CCBIO / ESAC / DRAPC / Ana Leão Rafael, Lda
Realização de cursos de formação sobre a temática AGROBIO / Ana Leão Rafael, Lda
Ações de divulgação dirigidas a produtores e consumidores AGROBIO / Ana Leão Rafael, Lda
Desenvolvimento e divulgação dos conteúdos na interface web AGROBIO / CCBIO / ESAC / DRAPC 
Apoio à conversão para a Agricultura Biológica AGROBIO / CCBIO
Apoio técnico à produção biológica AGROBIO / CCBIO
Apoio à criação de Agrupamentos de Produtores Multiprodutos AGROBIO / CCBIO
Valorização dos recursos endógenos através da criação de uma marca coletiva AGROBIO / CCBIO
Promoção dos recursos endógenos através da criação de uma marca coletiva AGROBIO / CCBIO
 
Interlocutor: Jaime Manuel Carvalho Ferreira   Email interlocutor: direccao@agrobio.pt   Email entidade: direccao@agrobio.pt