|
+ Valorcer – Valorizamos a organização da produção de cereais (ID: 298 )
Coordenador: InnovPlantProtect
Iniciativa emblemática: 10. Excelência da organização da produção
Data de Aprovação: 2022-04-28 Duração da iniciativa: 2025-06-30
NUTS II: Alentejo NUTS III: Alto Alentejo
Identificação do problema ou oportunidade
“O Pacto Ecológico Europeu visa tornar a Europa climaticamente neutra até 2050, impulsionar a economia através de tecnologias verdes, criar indústrias e transportes sustentáveis e reduzir a poluição”. No contexto deste Pacto a produção e os produtores de cereais em Portugal enfrentam o seguinte desafio: realizar a transição para uma agricultura digital, em particular com a introdução da IOT (Internet das Coisas) e da gestão integrada e remota das produções, de forma a assegurar a prática de uma agricultura tecnologicamente evoluída e, em simultâneo, garantir a sustentabilidade ambiental, económica e social das explorações e o seu contributo para a neutralidade carbónica. A este contexto junta-se também o desafio de garantir a segurança alimentar nacional e europeia e a sua relevância estratégica, onde o atual desempenho da balança comercial agrícola em paralelo com a conjuntura internacional necessita de ser endereçado, em linha com a “Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais”, onde se “...visa atingir, num horizonte de 5 anos, um grau de autoaprovisionamento em cereais de cerca de 40% (correspondendo 80% ao arroz, 50% ao milho e 20% aos cereais praganosos, trigo, cevada, e aveia). Em Portugal, “...no final dos anos 80, a superfície ocupada com cereais correspondia a cerca de 900 mil hectares, aproximadamente 10% do território nacional, tendo diminuído para 257 mil hectares em 2016. Os níveis de autoaprovisionamento apresentam atualmente um valor na ordem dos 23%...”. Para corresponder aos objetivos traçados pela “Estratégia Nacional” e alcançar os níveis de aprovisionamento de 40%, serão particularmente abordadas nesta iniciativa as seguintes medidas prioritárias inseridas nesta estratégia: 9) Promover a capacitação técnica, reforçar os meios disponíveis para experimentação e prestação de serviços no âmbito da agricultura de precisão ao nível das OP; 13) Valorizar a produção nacional, a nível interno e externo e; 3) Reforçar os meios de luta contra agentes bióticos (https://www.gpp.pt/images/Destaques/Banner_Principal/ENPPC_-versoFinal.pdf). As OPs envolvidas na presente iniciativa representam cerca de 90% da produção nacional de cereais que é comercializada, excluindo o autoconsumo, envolvendo assim um total de cerca de 12.500 agricultores distribuídos pelo país. Tendo em conta a distribuição geográfica das Organizações Reconhecidas a formação e capacitação vai envolver três Nuts – Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo. A proposta aqui apresentada tem como finalidade desenvolver um projeto de investigação, desenvolvimento e inovação (IDI), através de um conjunto de fases críticas para dar resposta aos desafios identificados, como sejam a gestão, a transformação digital, a transição para a bioeconomia, a redução dos impactos ambientais e a sustentabilidade. As fases do projeto de IDI são: I- Fase Analítica com recolha de dados; II- Análise crítica; III- Paradigmas de aplicabilidade; IV- Demonstração e incorporação
Breve resumo da iniciativa a desenvolver
Tirar partido da iniciativa “Excelência da organização da produção” para desenvolver um projeto de IDI, que através de diferentes fases críticas possa identificar as áreas/temáticas com real impacto nas organizações de produção, focado na necessária dupla transição verde e digital, capaz de simultaneamente contribuir para a melhoria da balança comercial alimentar de forma económica, social e ambientalmente sustentável. Com este objetivo a iniciativa irá incluir a prossecução sequencial das seguintes atividades de IDI: I. Fase Analítica – Recolha de dados através de pesquisa (dados primários e secundários) e auscultação com análise de dados segundo a estratégia de investigação mista, onde será possível recolher, analisar e integrar ou relacionar dados qualitativos e quantitativos, numa compreensão mais holística, Será também realizado um evento de co-criação assente numa metodologia de design thinking com as OPs envolvidas para alinhamento da ambição do projeto. II. Análise crítica - Aplicar uma metodologia de avaliação de maturidade para caracterizar base line e identificar temáticas com impacto comprovado nas organizações, e assim aferir necessidades e impactos em cada OP em diversas áreas, entre as quais o desenvolvimento de uma plataforma que permita a valorização da produção nacional de cereais, utilizando soluções inovadoras de base biológica que possibilite a proteção das culturas de pragas e doenças que afetam a produção nacional. III. Paradigmas de aplicabilidade - Alinhado com os objetivos da iniciativa e função da análise crítica realizada, investigaremos aplicabilidades e possíveis impactos das diferentes temáticas em questão, com prescrição de um roadmap personalizado de capacitação para cada OP. IV. Demonstração e incorporação – Demonstrar e transferir conhecimento adquirido, com promoção de ações de capacitação constantes do roadmap prescrito acompanhado de um coaching individualizado realizado por um especialista. Entre as áreas a investigar, destacamos as seguintes, em linha com as áreas de intervenção e excelência da Universidade NOVA: Gestão das organizações (NOVA SBE) Gestão Estratégia Liderança Finanças Recursos Humanos Gestão de Projetos Gestão de Informação (NOVA IMS) Digital Transformation Business Intelligence & Analytics Digital Marketing Gestão do Conhecimento e Inovação Sustentabilidade (FCSH/FCT/InPP) Sustentabilidade Economia Circular Alterações Climáticas Conservação de solo e água Serviços de Ecossistemas Sequestro de Carbono Controlo de pragas e doenças
Áreas de Trabalho e responsabilidades de cada parceiro
Lista de parceiros envolvidos Entidade Líder: InnovPlantProtect (InPP) Entidades Parceiras: Instituição de ensino superior e ou tecnológico ou de investigação: Universidade NOVA Organização de âmbito nacional: ANPOC - Associação Nacional dos Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais AOP – Associação dos Orizicultores de Portugal Centro de Competências: INOVMILHO – Centro Nacional de Competências das Culturas do Milho e Sorgo (como o InovMilho não tem figura jurídica, nem identificação fiscal, os dados constantes na candidatura deverão referir “A representação do InovMilho nesta candidatura será assegurada pela ANPROMIS, conforme decidido pelas suas Entidades Gestoras”. Outras Entidades Parceiras: CONSULAI; Polo de Inovação: Estação Experimental António Teixeira (Coruche), cuja dinamização está a cargo da ANPROMIS mediante protocolo de colaboração estabelecido com o INIAV. Responsabilidades dos diferentes parceiros Coordenação e gestão do projeto: InnovPlantProtect; Fase Analítica: Universidade NOVA (coordenação), ANPROMIS, ANPOC, AOP, CONSULAI, InnovPlantProtect - Realização de um evento de co-criação assente numa metodologia de design thinking com as OPs envolvidas para alinhamento da ambição do projeto; Análise crítica: Universidade NOVA (coordenação), Consulai – Aplicação de uma metodologia de avaliação de maturidade para caracterizar a base line e identificar necessidades de cada OP Paradigmas de aplicabilidade: Universidade NOVA (coordenação), ANPROMIS, ANPOC, AOP, CONSULAI, InnovPlantProtect – Prescrição de um roadmap personalizado de capacitação para cada OP, alinhado com os objetivos da iniciativa e em função do diagnóstico realizado, Demonstração e incorporação: Universidade NOVA (coordenação), ANPROMIS, ANPOC, AOP, - Realização de ações de capacitação Promoção de ações de demonstração, disseminação e de divulgação do projeto: Todos os parceiros.
|
|
|