Bolsa de Iniciativas PRR

 

Espumante de Portugal (ID: 333 )
Coordenador: DRAPC - Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro
Iniciativa emblemática: 9. Promoção dos produtos agroalimentares portugueses
Data de Aprovação: 2022-09-09 Duração da iniciativa: 2022-08-30
NUTS II: Centro NUTS III: Região de Aveiro
 
Identificação do problema ou oportunidade

O Problema:

Portugal produz 11 a 12 milhões de garrafas de espumante anualmente, sendo uma das categorias de vinho com maior potencial de crescimento na próxima década. A região da Bairrada concentra cerca de 65 % da transformação de vinho base em espumante em Portugal.

O país não tem uma postura competitiva e valorizadora dos seus espumantes no mercado global, apesar do potencial que lhe é reconhecido, como consequência a exportação é residual e está associada a baixo preço.

O vinho espumante português tem reduzida notoriedade de imagem nos mercados externo.

É reduzida a utilização de novas tecnologias com vista à redução de custos com fatores de produção e ganhos de eficiência na produção.

A valorização do produto nos mercados por incorporação de valor associado a boas práticas ambientais/proteção da natureza relacionadas com a transição agroecológica e energética é praticamente inexistente.

Oportunidade:

Com a instalação do Polo do Espumante a desenvolver na Estação Vitivinícola da Bairrada o seu objeto principal é a criação de um centro de capacitação, experimentação e demonstração orientado para a conceptualização do espumante de Portugal que responda às novas tendências de consumo, muito focado no acréscimo de valor dos espumantes portugueses. Pretende-se tornar o Polo de Anadia-EVB um centro de referência na capacidade de investigação, inovação, formação, demonstração e transferência de conhecimento e tecnologia no setor do espumante. Complementarmente é crucial definir a categorização do produto: que espumante, para que mercado e a que preço, associando estratégias de marketing a diferentes mercados externos que aposte claramente na internacionalização com elemento essencial de valorização do produto.

 
Breve resumo da iniciativa a desenvolver

Solução Proposta – de imediato

O Objetivo – Definir o Espumante de Portugal – A(s) marca(s), o tipo(s) de produto(s), segmento(s) de mercado, estratégias de exportação.

Para tal são necessárias desenvolver um conjunto de áreas de trabalho que confiram um fator distintivo e diferenciador de valorização do produto que respondam ao fraco nível competitivo do espumante nos mercados, sobretudo internacionais e que permitam aumentar a quota de mercado e o valor das exportações e simultaneamente elabora uma estratégia de internacionalização que envolva a produção e as entidades institucionais com responsabilidade pública no setor (Viniportugal e AICEP).  
 
Áreas de Trabalho e responsabilidades de cada parceiro

Assim para atingir o objetivo central do projeto propõe-se a realização das seguintes tarefas:

T1 - Definir o conceito de espumante(s) para o País associado a um conjunto de castas autóctones estudando o seu comportamento agronómico e o seu potencial enológico e assim definir o conjunto de castas destinadas à tipificação do vinho espumante de Portugal que apresentem caraterísticas diferenciadores do ponto de vista enológico e representem valor acrescentado;

T2- Desenvolvimento de estirpes regionais de leveduras (seleção e produção) que associe o conceito de produção natural como fator de diferenciação;

T-3 - Valorização do produto por incorporação de boas práticas associadas à Sustentabilidade/Economia circular, eficiência de gestão de recursos/água

T- 4 - Promover a inovação e o empreendedorismo aplicados à viticultura, com especial enfoque na tecnologia IoT, captando empreendedores nacionais e internacionais;

T-5 - Duplicar em 2030 a produção de espumante e exportação de espumante com base em produção nacional;

T-6- Desenvolver uma linha de investigação que responda às necessidades de mercado com vinhos espumantes produzidos com menor quantidade de inputs, reduzido teor de SO2 e que simultaneamente garantam estabilidade e aroma;

T- 7- Desenvolver métodos inovadores em química analítica e estatística para caraterização da origem geográfica dos vinhos espumantes e assim garantir autenticidade;

T-8 - Inovação organizacional – novas cadeias de abastecimento para o espumante/Desenvolver um novo modelo de negócio com centralização da produção;

T-9 - Caracterização dos Percussores aromáticos e da capacidade de espumabilidade das uvas para espumante;

T-10 – Elaboração de uma estratégia para a internacionalização do Espumante de Portugal;

T- 11 – Promover ações de demonstração, divulgação e disseminação.

Parceiros

Responsabilidades por linha de ação

Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro

T1, T2, T6, T9, T11

Comissão Vitivinícola da Bairrada

T1, T5, T2, T8, T9, T10, T11

Comissão Vitivinícola de Távora-Varosa

T1, T5, T8, T10, T11

Comissão Vitivinícola da Beira Interior

T1, T5, T8, T10, T11

CVR Vinhos Verdes

T1, T5, T8, T10, T11

CVR Lisboa

T1, T5, T8, T10, T11

Universidade de Aveiro

T7, T8, T6, T9

Instituto Politécnico de Coimbra

T6, T7

Caves de São Domingos

T8, T3

Sociedade Agrícola e Comercial do Varosa

T8, T3

Adega Cooperativa de Cantanhede

T8, T3

Winegrid

T4

Centro de Competências da Dieta Mediterrânica

T 11

Viniportugal

T5, T10

 

 
Interlocutor: Lurdes Manso   Email interlocutor: maria.manso@drapc.gov.pt   Email entidade: direcao@drapc.gov.pt