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Alimentação do Futuro – o potencial das Plantas Alimentícias Não Convencionais (ID: 349 )
Coordenador: Instituto Politécnico do Porto
Iniciativa emblemática: 9. Promoção dos produtos agroalimentares portugueses
Data de Aprovação: 2022-09-09 Duração da iniciativa: 2025-09-30
NUTS II: Norte NUTS III: Área Metropolitana do Porto
Identificação do problema ou oportunidade
As últimas projeções das Nações Unidas indicam que a população mundial deve chegar aos 8,5 mil milhões em 2030 e 9,7 mil milhões em 2050. O aumento da população é, naturalmente, acompanhado de uma maior procura de alimentos. Porém, a capacidade de oferta dos alimentos mais convencionais não é suficiente para satisfazer o crescimento do consumo. Assim, além do combate ao desperdício alimentar, para atenuar a fome e a pobreza é necessário identificar outras alternativas, onde se incluem mudanças nos hábitos alimentares das populações. As Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC’s) surgem como uma boa opção na dieta alimentar humana. Nessa perspetiva de diversidade vegetal e o seu poder alimentício, estas plantas não convencionais são uma alternativa para promover uma estratégia de sobrevivência em tempos de crise alimentar. Contudo, há ainda um caminho a percorrer, quer no estudo destas plantas alimentícias, quer na promoção e divulgação científica sobre elas. As PANC’s, são plantas silvestres , espontâneas, de fácil crescimento, cultivadas ou exóticas que não necessitam de cuidados especiais, de relevância ecológica, comestíveis e utilizadas na alimentação humana. As plantas que nascem espontaneamente, por vezes denominadas pejorativamente como plantas daninhas, apresentam um elevado valor nutricional, que pode ser um grande contributo para o combate à fome. No entanto, é necessária uma melhor divulgação e pesquisa sobre as suas propriedades nutricionais, podendo ser usada como ferramenta educativa para obtenção de novos hábitos alimentares saudáveis. As PANC’s têm um papel fundamental para o organismo como fontes de vitaminas essenciais, antioxidantes, fibras e sais minerais que nem sempre são encontrados noutros alimentos. Embora alguns destes produtos endógenos façam parte da gastronomia tradicional portuguesa, o seu consumo é feito em muito pequena escala e tipicamente limitada aos meios rurais. A sua valorização e promoção em mercados nacionais e internacionais mais sofisticados terá um impacto relevante na agricultura e turismo/restauração.
Este projeto tem como destinatários prioritários os produtores, consumidores e os operadores da restauração e assenta num conjunto integrado de atividades de investigação.
Breve resumo da iniciativa a desenvolver
O consórcio propõe-se a desenvolver um projeto de investigação de novas fontes de alimentos centradas nas Plantas Alimentícias Não Convencionais. São objetivos do consórcio: . Contribuir para o desenvolvimento de alimentos nutritivos e sustentáveis validados sensorialmente . Promover estas “novas” culturas junto dos produtores, quer como primeiras culturas quer como complementos às produções que já desenvolvem . Estimular a aceitação destes novos alimentos por toda a cadeia de valor: produtores, indústria transformadora, retalhistas e consumidores, envolvendo diferentes stakeholders . Investigar o potencial de produção em escala e de exportação destes novos produtos nas suas várias formas: alimento fresco, processado, extratos e ingredientes . Investigar importância que PANC’s podem vir a assumir na revitalização produtiva, social e económica das regiões mais afetadas pelas alterações climáticas.
Áreas de Trabalho e responsabilidades de cada parceiro
Na génese do consórcio do projeto estão as seguintes entidades: . Instituto Politécnico do Porto (IPP) – entidade coordenadora | ID:2707 . Associação para a Promoção da Gastronomia, Vinhos, Produtos Regionais e Biodiversidade (AGAVI) | ID: 532 . Food4Sustainability - Associação para Inovação no Alimento Sustentável (F4S) | ID: 2160 . Centro de Competências na Luta Contra a Desertificação (CCDesert)/ Município de Alcoutim (CCDesert) | ID 1410 . COTHN - Centro Operativo Tecnológico Hortofrutícola Nacional (COTHN)| ID: 357 . Herdade da Pasmaria, Lda. (HP)| ID: 3101 - Horpozim- Associação de
Horticultores da Póvoa de Varzim | ID: 389
Principais atividades WP1: PANC’s passíveis de serem produzidas, comercializadas e exportadas em larga escala; Entidades envolvidas: IPP, AGAVI, COTHN WP2: Avaliação das propriedades nutricionais e funcionais das PANC’s; Entidades envolvidas: IPP WP3: Estudo de impacto no agricultor: viabilidade de produção; complementaridade com outras culturas; impacto económico da diversificação da produção; Entidades envolvidas: IPP, F4S, CCDesert, PME, Horpozim WP4: Análise do consumidor para investigar o nível de maturidade dos principais mercados de destino e as dimensões mais críticas para uma promoção eficaz do(s) produto(s); Entidades envolvidas: F4S, AGAVI, Horpozim WP5: Estudos de casos sobre exemplos de incorporação das PANC’s na dieta alimentar; Entidades envolvidas: IPP, AGAVI, PME, Horpozim WP6: Atividades de formação, disseminação e demonstradoras em contexto internacional; Entidades envolvidas: IPP, AGAVI, F4S, CCDesert, COTHN, PME, Horpozim WP7: Gestão, coordenação e monitorização do projeto: Entidade responsável: IPP
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