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parceiro responsável pela parceriaFaculdade de Medicina Veterinária Universidade de Lisboa
Designação da parceriaCampyfree: Estratégias de controlo de Campylobacter em carne de aves e produtos cárneos derivados
Iniciativa a desenvolverAbordagem integrada – farm to fork - sobre a contaminação de carne de aves por Campylobacter spp., orientada ao desenvolvimento, validação e transferência de conhecimento sobre estratégias eficazes para o controlo e redução da sua prevalência
Parceiros
Prioridade TemáticaMelhoria da integração nos mercados
Domínios
NUTS IContinente
Identificação do problema ou oportunidadePortugal está entre os países europeus que são considerados os maiores consumidores de carne de frango, com um consumo per-capita superior aos 24 kg/hab./ano. Dados de 2009 indicam que Portugal se situa perto da auto-suficiência (92%). O nosso sector avícola de carne está bem organizado, sob a forma de integração vertical da cadeia de valor, tendo um cariz empresarial bem estruturado que permite responder eficazmente às solicitações de mercado e exigências do consumidor, no que diz respeito à qualidade e segurança dos alimentos, com capacidade concorrencial a nível internacional (INAGRI,2013).
Os maiores desafios no âmbito da segurança sanitária dos produtos avícolas centram-se no domínio dos perigos biológicos. O sector tem actuado eficazmente para controlo destes perigos ao adoptar medidas profilácticas correctas e rigorosas no âmbito da biossegurança (FEPASA, 2010), sendo referido como bom exemplo o trabalho realizado para a redução da prevalência de Salmonella spp., contudo, pouco se sabe sobre o efeito no controlo de Campylobacter,
Na verdade são poucos os trabalhos publicados sobre a ocorrência de Campylobacter, sendo que a carne de aves é considerada o principal veículo de contaminação para o homem. No relatório da EFSA (2015) não são reportados casos humanos de Campylobacteriose no país. Porém, deve ser tida em conta a não obrigatoriedade de notificação de patologias causadas por esta bactéria pelas autoridades de saúde. De facto, o estudo de base em frangos, realizado em 2008 por solicitação da Comissão Europeia e orientado pela Direcção Geral de Alimentação e Veterinária, revelou resultados positivos da presença de Campylobacter em 82% das amostras de frango analisadas.
É consensual entre os agentes nacionais implicados que o controlo de Campylobacter é difícil e há necessidade de estratégias de minimização da sua prevalência, sendo este um desafio essencial considerando a segurança dos consumidores e a competitividade da indústria avícola nacional.
Objetivos visados Com este grupo operacional, pretende-se angariar, criar, validar e transferir conhecimento sobre o efeito de várias intervenções ao nível da produção, indústria e distribuição que, de forma integrada e sinérgica, contribuam significativamente para o controlo e minimização do risco de infecção por Campylobacter spp. Os objetivos do Grupo Operacional serão:

(1) Avaliação do panorama dominante das condições de produção primária (granjas avícolas) de forma a perceber quais os factores críticos em que importa intervir com medidas de biossegurança /identificação de constrangimentos à sua implementação;
(2) Estudo de intervenções na produção primária para controlo de Campylobacter spp.
(3) Revisão dos sistemas de segurança implementados nas empresas (GE e PME) e estudo de intervenções pós-produção primária para controlo de Campylobacter spp.
(4) Modelar o efeito de tecnologias emergentes como por exemplo alta pressão isostática e luz ultravioleta pulsada contra Campylobacter em carne de aves e produtos derivados;
(5) Modelar o efeito de bacteriocinas e/ou bacteriofagos encapsulados, substancias naturais antimicrobianas e embalagens activas na redução do Campylobacter spp. em carcaças e produtos de carne de aves;
(6) Educar o manipulador no ponto de venda e o consumidor final, transmitindo conceitos de boas práticas desde o ponto de venda até à confecção de carne de aves.

Tipologia de resultados a atingir e potenciais beneficiáriosO objectivo primário desta iniciativa visa o controlo efectivo e redução da prevalência de Campylobacter de forma a beneficiar a saúde do consumidor. Todos os operadores relacionados com a produção, transformação e distribuição de carne de aves e produtos derivados são responsáveis pela segurança alimentar dos seus produtos. Sendo um facto que o controlo deste agente patogénico é difícil, todos os agentes desta fileira produtiva serão beneficiários do conhecimento gerado por este Plano de Ação, designadamente do conhecimento gerado e das conclusões sobre a eficácia das intervenções que serão testadas, contribuindo-se desse modo para um reforço da garantia da segurança e minimizando-se os riscos de transmissão deste agente ao consumidor.
Com a aplicação de intervenções ao longo da cadeia produtiva, previamente validadas quanto ao seu grau de eficácia, os operadores envolvidos terão ganhos relacionados com o reforço de confiança do consumidor e dos parceiros sobre os seus produtos, minimizando-se os riscos de retiradas de produto não seguro e a penalização da imagem das empresas desta fileira.
Assim, face à primeira tarefa os operadores envolvidos na produção primária (granjas avícolas) obterão directrizes referentes aos factores críticos em que importa intervir com medidas de biossegurança e das intervenções aplicadas que permitirão alcançar uma redução de bandos infectados com Campylobacter e seu controlo.
Com a revisão dos sistemas de segurança implementados nas empresas pretende-se uma validação ou melhoria da performance actual dos operadores na gestão dos seus sistemas de segurança implementados, aumentando-se assim a garantia de controlo de Campylobacter.
A aplicação de tecnologias emergentes ainda não testadas e validadas quanto à sua eficácia no controlo de Campylobacter, como a alta pressão isostática e luz UV pulsada, poderá trazer resultados importantes na ampliação do reduzido leque de intervenções disponíveis até à data, com eficácia demonstrada, para implementação pelos operadores.
As intervenções relacionadas com aplicação de bacteriocinas e/ou bacteriofagos encapsulados, substâncias naturais antimicrobianas e embalagens activas, poderão também permitir a redução do Campylobacter spp. em carcaças e produtos de carne de aves, contribuindo-se assim igualmente para o aumento do leque de opções de controlo que os operadores ganham no sentido de reforçar a segurança dos produtos que comercializam.
Pela educação do manipulador no ponto de venda e do consumidor final com transmissão de conceitos de boas práticas desde o ponto de venda até à confecção de carne de aves conseguem-se induzir atitudes de boas práticas que muitas vezes falham e não são da responsabilidade dos operadores.
InterlocutorMaria João dos Ramos Fraqueza
MoradaFMV. Av. da Universidade Tecnica, Polo Universitário, Alto da Ajuda
LocalidadeLisboa
Código postal1300 - 477
Telefone213652880
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