Secretaria Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Governo regional da Madeira)
Designação da parceria
Mais Madeira à Mesa
Iniciativa a desenvolver
O presente grupo pretende aproximar o que atualmente são as exigências do sector de transformação alimentar, à produção dos agricultores da RAM, promovendo assim à inovação de produtos agroalimentares. Aproximando-os e diagnosticando oportunidades e formas de respostas por parte dos agricultores, com práticas mais sustentáveis e com maior consciência ambiental, humana, económica e cultural. Pretende este grupo, alicerçar na agricultura e nos seus produtos a contribuição indubitável da mesma no património cultural imaterial português que é a Gastronomia Nacional e em específico Madeirense. Ao mesmo tempo que se pretende alavancar o reconhecimento do público madeirense para a importância de consumir local, as consequências e as inovações possíveis.
Entidade Coordenadora do Projecto: SRAP/DRA Parceiros: Comer Devagar Consultoria Gastronómica LDA, Fábrica da Igreja Paroquial dos Prazeres, APSRAM - Associação de Produtores de Sidra da RAM, CAL - Cooperativa de Produção e Consumo Liberdade CRL
Parceiros
Prioridade Temática
Melhoria da integração nos mercados
Domínios
NUTS I
Região Autónoma dos Madeira
Identificação do problema ou oportunidade
1. Separação entre a produção e a procura dos produtos rurais. 2. Agricultura é o grande alicerce da gastronomia que hoje tem grande reconhecimento do público final. 3. Promover junto do público final (profissionais e geral) ações de reconhecimento e motivação para o consumo dos produtos regionais. 4. Recolha de algum conhecimento popular no setor agrícola, por falta de recolha de informação, que possa resultar no desenvolvimento de atividades secundárias lucrativas.
Objetivos visados
A sustentabilidade é palavra de ordem dos nossos dias. Reveste-se de várias camadas compondo um universo multidimensional que é cada vez mais reconhecidamente indispensável. A sustentabilidade do trabalho humano e a sua envolvência cultural reconhece os produtos endógenos, artesanais e/ou tradicionais como uma necessidade. A sustentabilidade ambiental valoriza práticas agrícolas, de transformação, de marketing menos agressivas para o ambiente e para a saúde humana, traduz-se numa reeducação de quem produz e de quem consome.
A sustentabilidade económica é o eixo central que faz desenvolver as atividades produtivas e que promove o desenvolvimento de uma região e pessoal de quem trabalha os produtos facilitando a inovação de produtos. As Acções a realizar estão dispersas pelo território da Madeira, fazendo parte integrante de feiras ligadas à agricultura, que se desenrolam durante todo o ano nas várias freguesias. Esta dispersão, permite, não só, um conhecimento in loco e junto das regiões rurais, como um reconhecimento do território, somando ainda, a possibilidade de descentralização do projecto para regiões realmente produtoras. Visam, ainda, estas ações, complementar a divulgação, inovação e incentivar o consumo de produtos regionais junto da população e consumidor final, atribuindo argumentos de escolha preferencial na compra.
Assim, esta iniciativa tem como objetivos: 1. Promover uma ligação mais forte e sustentada entre os produtores agrícolas/agroalimentares e o canal Horeca: Criar, após formação e treino, um grupo de trabalho/task force com agentes locais e os parceiros do GO para desenvolver, em todas as freguesias da ilha da Madeira e na ilha do Porto Santo, ações de informação, de promoção e de relações públicas junto de agentes do canal Horeca (responsáveis pelas empresas, chefes de compras, chefs, escanções, e empregados de mesa), as quais, numa ótica das vantagens de produções agrícolas e agroalimentares integradas em circuitos-curtos, e que correspondem ao maior grau de frescura, ao respeito pela sazonalidade e ciclos naturais/culturais, a uma genuinidade e tipicidade determinadas pela matriz cultural madeirense e portosantense, concorram para acrescentar conhecimento (quais são, como são, quem as faz), e induzir uma maior procura/preferência privilegiada pelas mesmas, como ainda, simultaneamente, e em feedback, melhor oriente quem produz para a dinâmica das necessidades de quem compra/consome. Apoiar no contacto e estabelecimento dos elos comerciais entre os agentes decisores do canal Horeca, e os produtores agrícolas/agroalimentares (“Um Produto, Um Produtor, Um Saber, Um Sabor.”). Contribuir para o crescimento, e consolidação da oferta dos produtores agrícolas/agroalimentares, através de uma relação mais sustentada, confiável e duradoura a irradiar da rede Horeca de maior proximidade. Estimular a inovação nos produtores agrícolas/agroalimentares, sobretudo ao nível das condições de comercialização dos produtos agrícolas/agroalimentares, designadamente ao nível do marketing, com especial relevo para o serviço e o design.
2. Promover a valorização da gastronomia da Região Autónoma da Madeira: Relevar a indispensabilidade dos produtos agrícolas (e nestes com particular enfoque nas variedades endógenas ou regionais) e agroalimentares obtidos localmente, e de acordo com as práticas reconhecidas como autênticas e associadas a uma cultura muito particular, para a base identitária da gastronomia da Madeira e do Porto Santo. Dinamizar a divulgação a diferentes públicos-alvo das especificidades da cultura gastronómica da Região Autónoma da Madeira. Aumentar a empatia e o orgulho dos madeirenses e portosantenses pela gastronomia dos seus territórios, proporcionando, entre outras, ações de demonstração gastronómica com chefs de grande reconhecimento quer na RAM, quer no continente. Motivar a introdução de inovação na gastronomia regional, incentivando novas ou diferentes abordagens culinárias com produções agrícolas e agroalimentares locais. Organizar a visita à RAM de expertos e influencers nacionais relacionados com as áreas da gastronomia, do agroalimentar, da cultura, da comunicação social e de outras, para dar a conhecer a gastronomia da Madeira e do Porto Santo, constituindo-os embaixadores daquela. Contribuir para que a cultura gastronómica da Madeira e do Porto Santo, detenha uma maior e melhor representação no contexto mais amplo da gastronomia nacional.
3. Promover os atributos diferenciadores das produções agrícolas e agroalimentares da Região Autónoma da Madeira: Incorporar em diversos certames pré-selecionados entre os organizados por Casas do Povo e outras entidades, públicas ou privadas, integrados no calendário oficial anual de eventos dedicados à promoção da agricultura e do agroalimentar, abordagens inovadoras para criação de valor às produções foco. Assegurar em diversos certames pré-selecionados entre os organizados por Casas do Povo e outras entidades, públicas ou privadas, integrados no calendário oficial anual de eventos dedicados à promoção da agricultura e do agroalimentar, a presença de expertos e influencers nacionais relacionados com as áreas da gastronomia, do agroalimentar, da cultura e de outras, que aportem aos produtores locais novos conhecimentos, especialmente nos âmbitos da transformação e da comercialização, sobre as produções foco. Recolher imagens de qualidade profissional dos setores agrícola e agroalimentar locais (agricultores, transformadores, produções, paisagens agrícolas, unidades produtivas, etc.), para utilização em diversos suportes comunicacionais, designadamente para a produção de filmes para redes socias, canais de internet e aplicações para telemóveis, com o objetivo de disseminarem um maior grau de conhecimento sobre as produções foco. Obter assessoria de imprensa especializada, para exposição da parceria e dos seus resultados não só na Região Autónoma da Madeira, como também no restante espaço nacional.
4. Promover a preservação das culturas agrícola, agroalimentar e gastronómica da Região Autónoma da Madeira. Contribuir para o não desaparecimento de elementos do património imaterial, e seu consequente empobrecimento, das culturas, no seu conceito antropológico, agrícola, agroalimentar e gastronómica da Madeira e do Porto Santo. Proceder ao registo áudio e video do conhecimento popular (memórias, práticas, cantigas, danças, rezas, etc.), sobretudo junto dos mais idosos, sobre os âmbitos em foco, para produção de diverso material comunicacional, incluindo a edição de um livro que aborde aqueles saberes fundamentais à identidade das culturas, no seu conceito antropológico, agrícola, agroalimentar e gastronómica da Madeira e do Porto Santo.
Os potenciais destinatários dos resultados esperados são os agricultores e os transformadores agroalimentares das ilhas da Madeira e do Porto Santo.
Tipologia de resultados a atingir e potenciais beneficiários
O presente grupo pretende aproximar o que atualmente são as exigências do sector de transformação alimentar, à produção dos agricultores da RAM. Aproximando-os e diagnosticando oportunidades e formas de respostas por parte dos agricultores, com práticas mais sustentáveis e com maior consciência ambiental, humana, económica e cultural. Pretende este grupo, alicerçar na agricultura e nos seus produtos a contribuição indubitável da mesma no património cultural imaterial português que é a Gastronomia Nacional e em específico Madeirense. Ao mesmo tempo que se pretende alavancar o reconhecimento do público madeirense para a importância de consumir local, as consequências e as inovações possíveis.